Em despacho de quinze páginas, o juiz federal Sérgio Moro fulminou, um a um, os argumentos da defesa do ex-presidente Lula que pedia sua suspeição para continuar na condução das investigações sobre o petista. Moro decidiu, taxativamente, não abrir mão do caso e disse que ‘falta seriedade’ à argumentação da defesa. O magistrado afirmou ainda que os grampos que pegaram o ex-presidente em março deste ano, na Operação Aletheia, poderiam justificar a prisão temporária de Lula, mas que na ocasião, acabou-se optando por ‘medida menos gravosa’, no caso, a condução coercitiva do petista.
A defesa de Lula informou, em nota, ter conhecimento que “Moro recusou-se a reconhecer que perdeu a imparcialidade para julgar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e apresentou sua defesa para futuro julgamento pelo Tribunal Regional Federal da 4ª. Região”. Segundo os advogados do petista, “a defesa apresentada por Moro, todavia, apenas deixou ainda mais evidente a sua parcialidade em relação a Lula, pois a peça: acusa; nega, de forma inconsistente, as arbitrariedades praticadas; faz indevidos juízos de valor; e, ainda, distorce e ignora fatos relevantes”.
Fonte: Blog do Fausto Macedo (aqui)/ Estadão