Afonso Oliveira no PreviCampos
17/06/2016 09:06

Suzy Monteiro
Foto: Divulgação 

O Instituto de Previdência dos Servidores Municipais de Campos (PreviCampos) tem novo presidente: é o procurador de carreira do município Nelson Afonso Oliveira. Afonso Oliveira substitui Ricardo Pessanha Gomes, nomeado Subsecretario-Adjunto de Gestão de Pessoas e Contratos. Nelson Oliveira é irmão do vice-prefeito Dr. Chicão (PR), pré-candidato a prefeito de Campos, e sua nomeação pareceu como indicativo do fortalecimento do nome de Chicão na disputa pela vaga à sucessão da prefeita Rosinha (PR).

A mudança foi anunciada na noite de quarta-feira (15) pelo subsecretário de Governo, Thiago Godoy, que atestou a competência do procurador para o cargo.

— Afonso é procurador do Município, membro do sindicato dos servidores e possui as certificações exigidas pelo Ministério da Previdência para assumir essa função e por isso reúne todas as condições técnicas e políticas para fazer um grande trabalho — disse Godoy.

Nelson Afonso Oliveira enfrentará desafios na PreviCampos. Mês passado, o Executivo aprovou na Câmara de Vereadores e publicou lei autorizando a Prefeitura de Campos a parcelar a dívida que tem com o PreviCampos, referente a novembro de 2014 a abril de 2016. Como garantia, em até 60 meses e dando como garantia o “crédito podre” do Fundecam – dívidas que empresas têm com o Fundo de Desenvolvimento de Campos.

No dia seguinte à aprovação pela Câmara, o Ministério Público Estadual (MPE) de Campos ajuizou na 1ª Vara Cível, Ação de Improbidade Administrativa contra a prefeita.

Na Ação, o MPE diz que as manobras rosáceas geraram prejuízos à PreviCampos, culminando na Lei aprovada para viabilizar a garantia créditos “podres” do Fundecam e amortizar o déficit criado pelo governo municipal nas contas do instituto de previdência do servidor. Rosinha aprovou várias leis em 2012 e 2015 que impactaram o equilíbrio financeiro e atuarial da PreviCampos. Seu próprio diretor financeiro, José Elimar Kunsch, apontou em relatório um déficit para os próximos anos, de cerca de R$ 1,5 bilhão.

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