Ministério Público fará pente fino na Guarda Municipal de Campos
Christiano 01/06/2016 12:47

O Ministério Público Estadual abriu inquérito e enviou ofício para o Comandante da Guarda Municipal e para o Procurador Geral do Município para apurar as denúncias anônimas, que chegaram em número elevado ao órgão, indicando que haveria na corporação outros guardas municipais com condenações a penas superiores a 4 anos, sem correição ou expulsão por parte dos seus superiores.

No ofício é requisitada a lista, com documentos de identificação, de todos os guardas municipais de Campos, bem como dos auxiliares de apoio. O Ministério Público fará a checagem dos antecedentes criminais de toda a corporação. Tarefa, aliás, que deveria ser praxe no comando da Guarda Municipal.

O caso do assassinato de Patrícia Manhães, cujo principal suspeito é o seu marido, Uenderson Mattos, guarda municipal que se encontra preso, acendeu o debate sobre os critérios de seleção da Guarda Municipal. Outro guarda, Genessi José Maria Filho, é suspeito de ter intermediado a contratação do assassino de Patrícia a mando do marido dela.

Genessi teve também a prisão decretada pelo crime, mas ele já havia sido preso há duas semanas por outro delito. Ele já teria oito passagens criminais, incluindo por homicídio. Mesmo com toda a repercussão do caso, surpreendeu a omissão do Comando da Guarda Municipal e da Prefeitura de Campos, em que pese a tardia exoneração do comandante da Guarda ontem.

O Ministério Público Estadual enviou também ofício ao Delegado Titular da 146º DP, de Guarus, para que apresente a cópia integral dos procedimentos e inquéritos policiais iniciados em decorrência da diligência de busca residencial na sede do grupamento ambiental da Guarda Municipal.

É importante que o Ministério Público faça uma verificação ampla e irrestrita nos quadros da Guarda Municipal, para os cidadãos terem a certeza de que os guardas municipais estão na rua para ajuda-los, bem como tirar qualquer possível suspeita dos muitos membros da corporação que trabalham de forma correta e estão sendo prejudicados por contratações e atos indevidos.

Atualização às 06h11 de 02/06/2016: Correção alertada por leitores.

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    Christiano Abreu Barbosa

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