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Quadro de São joão Batista chega aos festejos na sede do município, acompanhado por embarcação que homenageia os santos juninos (Foto: Izabele Cintra)[/caption]
A festa do padroeiro São João Batista, neste ano mais singela devido à falta de apoio da Prefeitura que vive um período de emergência econômico-financeira, está mantendo todas as tradições. Pescadores participaram nesta quinta-feira (23) da procissão fluvial, que saiu de Atafona e chegou neste fim de tarde ao Cais do Imperador, na sede do município. O quadro do padroeiro saiu da igreja de Nossa Senhora da Penha e foi levado por fiéis até a sede do município. Uma embarcação decorada acompanhou o cortejo, seguido também por outros barcos.
A embarcação foi decorada por Juliano Berto, que com sua equipe já ganhou muitos dos concursos realizados pela Prefeitura durante os festejos de São João . Há alguns anos, decidiu não participar de concursos e colocar seus barcos para abrilhantar o evento. Já fez isso nas homenagens a São João e a Nossa Senhora da Penha. Neste ano, o barco homenageia os três santos juninos: Santo Antônio, São João e São Pedro.
A procissão fluvial de São João Batista representa a subida de Lourenço do Espírito Santo e sua companhia para fundar o povoado de São João do Paraíba do Sul, em 1630, após passar oito anos na barra (Atafona). O motivo da mudança de Lourenço teria sido a morte da mulher dele nas águas do Pontal. O jornalista Carlos Sá aponta que esse mesmo grupo ergueu uma capela em louvor a São João Batista. “Em 1664, ainda coberta de palha, (a capela) é reconhecida pela Igreja do Rio de Janeiro como matriz, sendo assim uma das mais antigas da província”, relatou o jornalista no blog SJB em ação.
Toda procissão fluvial do padroeiro São João Batista lembra a fundação do povoado, que se tornou Vila de São João da Praia (1676) e depois cidade de São João da Barra (1850).