Sérgio Machado diz que Temer pediu R$ 1,5 milhão em doação ilegal
Arnaldo Neto 15/06/2016 15:07
[caption id="attachment_7504" align="alignleft" width="300"]Esta foi a primeira avaliação do governo Temer (Marcelo Camargio/ Agência Brasil) Presidente interino foi citado em delação (Marcelo Camargio/ Agência Brasil)[/caption] Em seu acordo de delação premiada, o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado afirmou que o presidente interino Michel Temer negociou com ele o repasse de R$ 1,5 milhão de propina para a campanha de Gabriel Chalita, então candidato do PMDB à Prefeitura de São Paulo, em 2012. Machado afirmou que o acerto do repasse ocorreu em setembro daquele ano e foi pago por meio de doação eleitoral pela empreiteira Queiroz Galvão, contratada da Transpetro. O delator também cita o governador em exercício Francisco Dornelles (PP) em sua delação, além dos deputados federais fluminenses Jandira Feghali (PCdoB) e Luis Sérgio (PT) e os ex-parlamentares Jorge Bittar (PT) e Edoson Santos (PT). Machado listou outros 20 políticos e disse que todos od citados por ele “sabiam” do funcionamento do esquema de corrupção e “embora a palavra propina não fosse dita, esses políticos sabiam, ao procurarem o depoente, não obteriam dele doação com recursos do próprio, enquanto pessoa física, nem da Transpetro, e sim de empresas que tinham relacionamento contratual com a Transpetro”. De acordo com o delator, empreiteiras que mantinham contrato com a estatal realizavam pagamentos mensais de propinas para políticos, parte por meio de entrega de dinheiro vivo e parte por meio de doações oficiais como forma de garantir os contratos com a estatal que era de influência do PMDB. “QUE os políticos responsáveis pela nomeação do depoente para a Transpetro foram Renan Calheiros, Jader Barbalho, Romero Jucá, José Sarney e Edison Lobão; QUE estes políticos receberam propina repassada pelo depoente tanto por meio de doações oficiais quanto por meio de dinheiro em espécie; QUE além destes políticos o depoente também repassou propina, via doação oficial, para os seguintes: Cândido Vaccarezza, Jandira Feghali, Luis Sérgio, Edson Santos, Francisco Dornelles, Henrique Eduardo Alves, Ideli Salvatti; Jorge Bittar, Garibaldi Alves, Valter Alves, José Agripino Maia, Felipe Maia, Sergio Guerra, Heráclito Fortes, Valdir Raupp; que Michel Temer pediu ao depoente que obtivesse doações oficiais para Gabriel Chalita, então candidato a prefeito de São Paulo”. Nota do governador — Por meio de sua assessoria, o governador em exercício Francisco Dornelles informou que “não disputou eleições em 2008, 2010 e 2012. Todas as doações relativas a eleições que disputou foram informadas e aprovadas pelos tribunais competentes”. Fontes: Folha de S. Paulo/Estadão Atualizado às 17h46 — Inclusão de informações

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