A Fluir, a mais antiga revista de surfe do país, fundada em 1983, vai deixar de circular, interrompendo sua edições já no próximo mês. Ela havia feito 32 anos em outubro do ano passado. A revista foi o veículo responsável pelo contato de milhares de jovens na década de 80 e 90 com o mundo do surfe, marcando essa geração, em uma época de informações escassas, pré globalização e Internet.

Desde a sua primeira edição (imagem ao lado) a Fluir mostrou-se revolucionária, conquistando rapidamente o mercado e desbancando a Visual Esportivo, revista que reinava no segmento até então.

Aproveitando a explosão do surfe e do surfwear nos anos 80, a Fluir cresceu bastante, chamando a atenção de grandes editoras. Ela foi comprada então pela Editora Azul, que pouco depois foi comprada pela Editora Abril, a maior do país.

Na Abril, a revista ganhou estado de excelência gráfica e acabamento industrial, ficando, porém mais engessada. Em 1999 Ângelo Rossi, um dos fundadores da Abril, deixou a empresa e fundou a Editora Peixes, levando a Fluir na bagagem.

Da Editora Peixes a Fluir passou pela Companhia Brasileira de Mídia (CBM), túmulo de vários veículos de comunicação, até chegar à Third Wave Editora (TW Editora) que a editava há alguns anos.

A Fluir marcou uma época e deixará saudades em muitos trintões e quarentões ligados ao mundo do surfe. Em um contrasenso, chega ao fim no auge do surfe brasileiro em toda  a sua história, com os títulos mundiais de Gabriel Medina, em 2014, e Mineirinho, em 2015.

Fontes: Gente Boa - O Globo e Surf 100 Comentários