Ao Futuro de Itaperuna e do Noroeste Fluminense
Nino Bellieny 10/05/2016 15:18
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Por Guilherme Fonseca Cardoso
Itaperuna, cidade onde estudei por nove anos consecutivos, de 1998 a 2006, onde tenho amigos, parentes é uma terra que estimo.
Sendo a 27ª maior cidade do nosso Estado, em termos populacionais, obteve grande crescimento econômico a partir da década de 1990, com a consolidação do Hospital São José do Avaí como referência e mais adiante com a implantação de um campus universitário, que aqueceu a economia do município intensificando o deslocamento de pessoas para a cidade, seja para moradia provisória, seja para o trabalho e estudo, com retorno para os municípios de origem no fim do expediente.
Reconheço aqui também a contribuição da Fundação São José, no campo da ensino superior, para o aquecimento da economia local, tanto como a Unig e mais recentemente a Redentor, um destaque estadual e nacional na Educação.
Com o incremento do setor terciário da economia itaperunense, a cidade passou por inúmeras transformações, com o surgimento de novas lojas, novos edifícios e a ampliação de algumas empresas tradicionais, criando novas possibilidades de empregos.
A infraestrutura logística do município é a melhor da região, considerando inclusive a existência de um aeroporto, que apesar de necessitar de melhoramentos,  poderá exercer um papel bastante interessante, agregando à economia não apenas do município, mas de todo Noroeste Fluminense e até mesmo de cidades mineiras e capixabas, da divisa com o Rio de Janeiro.
cristo Arte-Guilherme Fonseca cardoso
O Aeroporto Regional de Itaperuna, de acordo com o Plano Aeroviário do Estado do Rio de Janeiro –  2002 – 2021, é classificado como Aeródromo Público Homologado. Igual a esse o Estado tem mais sete, sendo localizados em: Resende, Angra dos Reis, Paraty, Nova Iguaçu, Maricá, Saquarema e Arraial do Cabo. O aeroporto tem como principal via de acesso a BR 356. Pela localização em relação a malha urbana, a prefeitura de Itaperuna terá que manter um controle sobre o uso e ocupação do solo em seu entorno, para garantir as condições de segurança estabelecidas pela aeronáutica, de maneira que se possa evitar, no futuro, com o crescimento da cidade e o tipo de ocupação que seja realizado alguma interferência na segurança dos voos.
De acordo com o Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, o Índice de Desenvolvimento Humano – IDH (2010) do município está na faixa de 0,73, o que é considerado alto. A população de acordo com o Censo 2010 era de 95.841 habitantes e para 2015 havia uma estimativa de 99.021 habitantes.
Itaperuna, como a grande maioria das cidades do Noroeste Fluminense, sofre com as inundações nos períodos mais chuvosos e nos períodos de estiagem, vem sendo afetada com a seca. Situações distintas, que reforçam a necessidade de um olhar sobre a questão ambiental, com um planejamento de longo prazo para reduzir os impactos desses processos no futuro.
Com um mercado influente, atraindo pessoas de todos os municípios da região,  municípios esses que contam com linhas de ônibus diretas para a cidade de Itaperuna, e com alguma influência nos municípios da divisa do Espírito Santo e Minas Gerais, Itaperuna desponta com grandes possibilidades.
O distrito de Raposo, como pólo turístico no Estado do Rio, é um exemplo da diversidade econômica do município. Além do turismo em Raposo, os serviços médicos e as universidades, Itaperuna tem considerável presença no setor agropecuário e de confecções.
A influência regional de Itaperuna coloca o município no papel de principal  agente articulador das políticas públicas para a região. Sua expressividade política diante aos demais municípios do Noroeste não tornam os demais menores, pelo contrário, contribui para deixá-los maiores, num somatório de forças, assim, o que poderia permitir o planejamento de políticas públicas de médio e longo prazos que sejam de interesse regional, como a questão do processo de desertificação; o melhoramento e modernização da nossa infraestrutura de telecomunicações (telefonia celular, televisão e internet); planos de mitigação das inundações dos rios Carangola e Muriaé; e um plano de desenvolvimento econômico, a partir da agropecuária e do turismo.
Assim celebro o aniversário da grande Itaperuna, destacando sua importante missão política para o futuro não apenas dos itaperunenses, mas para todos os fluminenses do Noroeste.
Guilherme Fonseca Cardoso

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