Antes do rombo no PreviCampos, escândalos no Caprev e Prece
Alexandre Bastos 13/05/2016 10:27

O histórico do grupo garotista com fundo dos servidores não é nada animador. Décadas antes do atual escândalo (aqui), que gerou até ação de improbidade administrativa, proposta pelo Ministério Público Estadual de Campos (MPE) (aqui), os rosáceos conviveram com polêmicas na primeira passagem de Garotinho pela Prefeitura e também durante a gestão no governo estadual.

Caprev - Matéria publicada pela revista “Época” em 2010 (aqui) informa que, em seu primeiro mandato na Prefeitura de Campos, Anthony Garotinho criou a Caprev, Caixa de Assistência e Previdência de Campos. Para presidi-la, nomeou o amigo Jonas Lopes de Carvalho. Cada servidor do município sofria descontos de 8% a 11% por mês, dependendo da faixa salarial, para capitalizar a Caprev. No fim do governo, os adversários descobriram que o caixa da Caprev estava vazio.  o ex-vereador Antônio Carlos Rangel lembra que, ocasião, apresentou ao plenário da Câmara Municipal um requerimento de informações sobre a Caprev. “Meu pedido foi rejeitado porque Garotinho tinha maioria”, diz. “Dos 21 vereadores, apenas cinco votaram comigo.” Rangel chama de “escândalo” o episódio da Caprev.

Dívida parcelada há 20 anos - A revista “Época” teve acesso a um documento interno da prefeitura, o ofício 64/96, em que o então prefeito Sérgio Mendes informa à Caprev que herdou de Garotinho uma dívida de R$ 8,4 milhões e pede o parcelamento do débito. Já Garotinho e Jonas Lopes garantem que tudo estava em perfeito funcionamento quando Mendes assumiu.

Escândalo Prece - Fundo dos servidores da Cedae - Em 2006, durante o último ano da gestão de Rosinha no governo do estado, a polêmica ficou por conta do Prece, fundo dos servidores da Cedae. Na ocasião, como mostra matéria publicada pela Folha de S. Paulo, houve "suspeita de desvio de dinheiro do fundo para uso político no governo Rosinha Matheus (PMDB) e o TCE decidiu realizar uma inspeção extraordinária no Prece". O tribunal teria indícios de que ao menos R$ 300 milhões poderiam ter sido desviados desde que Rosinha assumiu o governo, em 2003.

Eduardo Cunha ajudou - O caso foi parar na CPI dos Correios e havia uma proposta para derrubar os sigilos do fundo. Mas segundo a matéria publicada na Folha de S. Paulo (aqui), Garotinho articulou com ninguém mais, ninguém menos do que o deputado Eduardo Cunha (PMDB) para derrubar a proposta que pretendia abrir a caixa preta do fundo.

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