Garotinho é condenado a prisão por calúnia contra juiz
Alexandre Bastos 06/05/2016 18:39
[caption id="attachment_41110" align="aligncenter" width="412"]garotinho Foto de Leonardo Berenger[/caption]

O ex-governador do Rio, Anthony Garotinho, secretário de Governo da Prefeitura de Campos, foi condenado pela Justiça Federal a dois anos e oito meses de prisão por calúnia contra o juiz federal Marcelo Leonardo Tavares. A pena, no entanto, foi substituída pelo pagamento de prestação pecuniária de mais 200 salários mínimos e prestação de serviço à comunidade, segundo decisão do juiz Marcos Andre Bizzo Moliari, da 9ª Vara Federal Criminal. A condenação ocorreu na última segunda-feira (02).

Garotinho, em seu blog pessoal, teria ofendido duas vezes o magistrado com comentários, acusando-o de prevaricação e corrupção passiva, de acordo com a decisão final do juiz. "A primeira mentira está na afirmação de que o Tribunal Regional Federal me condenou. É mentira. Um juiz em primeira instância deu uma sentença que qualquer cidadão que entenda minimamente de Direito sabe que foi encomendada. Inclusive estou representando contra esse magistrado no Conselho Nacional de Justiça, onde estive pessoalmente com a corregedora Ministra Eliana Calmon", escreveu ele em novembro de 2011.

Em 2012, ele voltou a fazer comentários contra o juiz, dizendo que "Aquele processo foi uma armação política e o juiz foi parte dela", afirmou Garotinho. Cabe recurso da decisão.

Fonte: G1

Atualização às 0h20 - Garotinho diz que alguns juízes "se acham Deuses" - Através de mensagem encaminhada aos aliados, pelo aplicativo WhatsApp, o ex-governador Garotinho informou que irá recorrer e voltou a alfinetar o juiz. "A notícia que um juiz federal me condenou por calúnia contra um colega seu é no caso daquele juiz amigo da cúpula corrupta da CBF que denunciei como deputado. Vou recorrer dessa decisão de primeira instância, pois a época era Deputado Federal e tudo que falei foi da Tribuna da Câmara amparado no artigo 53 da Constituição que diz que os parlamentares são invioláveis civil e penalmente por quaisquer de suas palavras e opiniões. Por acreditar que a decisão foi injusta, recorri contra o Juiz até o Conselho Nacional de Justiça. Juízes também erram embora alguns se achem Deuses".

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