Audiência da Operação Machadada nesta sexta em SJB
Arnaldo Neto 20/05/2016 09:21
[caption id="attachment_276" align="aligncenter" width="800"]Aliados em 2012, Neco e Carla são réus na ação e prováveis adversários no pleito deste ano Aliados em 2012, Neco e Carla são réus na ação e prováveis adversários no pleito deste ano (Foto: Folha da Manhã)[/caption] Após quase quatro anos da Operação Machadada, deflagrada pela Polícia Federal em outubro de 2012, está marcada para esta sexta-feira (20), conforme anunciado aqui em primeira mão, uma audiência de instrução e julgamento às 14h, no Fórum de São João da Barra. A ação teve início com uma denúncia do Partido da República, da coligação “São João da Barra vai mudar para melhor” e do então candidato a prefeito Betinho Dauaire. A alegação era que o grupo governista, com Neco (PMDB) e o vice Alexandre Rosa (hoje PRB) como candidatos a sucessão de Carla Machado (atual PP), montou “um esquema de compra de candidaturas adversárias, mediante oferecimento de vantagens financeiras indevidas e cargos na administração pública municipal”. Além de Neco e Carla – ex-aliados e prováveis adversários neste ano – aparecem como réus o vice Alexandre, e os então candidatos a vereadores Alex Firme (eleito), Elísio Motos (eleito) e Renato Timotheo (suplente). O juiz eleitoral Eron Simon marcou a audiência para a mesma data em que foi realizada outra em 2013. Na ocasião, Paulo Ramalho, então advogado da ex-prefeita, informou que as testemunhas não foram ouvidas porque “tudo que se tenta provar é com uma gravação clandestina”. Entretanto, o juiz incluiu as gravações como prova. Entre uma audiência e outra – além do racha entre Neco e Carla, mais um possível aliança de Neco com o partido denunciante –, um dos atores envolvidos nas gravações mudou sua versão, como este blog mostrou aqui. Jackson Meireles, então candidato a vereador, foi um dos que gravaram conversas usadas como provas. Ele revelou durante um programa de rádio que “tudo foi uma farsa”. Segundo Jackson, ele recebeu R$ 60 mil para procurar candidatos do então grupo governista, insinuar insatisfação com o seu grupo político (do PR) e gravar as conversas depois utilizadas como provas para o crime de formação de quadrilha e assédio a candidatos do seu grupo. Em seu perfil no Facebook, a ex-prefeita Carla Machado classificou a Machadada como “uma trama orquestrada por adversários políticos(PR) na eleição de 2012 que tentaram de forma ardilosa tirar a vitória do nosso grupo político no tapetão”. Carla escreveu, ainda, que o dia será da verdade. “No TRE já obtivemos êxito e sequer foi aceita a denúncia criminal contra mim, Alexandre Rosa, Alex Firme, Renato Timotheo, Elísio Motos e o atual prefeito Neco”.

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