Senado inicia sessão do impeachment
Arnaldo Neto 11/05/2016 10:01
SenadoO presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), abriu às 10h (com uma hora de atraso) desta quarta-feira (11) a sessão que vai votar a admissibilidade do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) e seu imediato afastamento por até 180 dias. O parecer que vai ao plenário, relatado pelo senador Antônio Anastasia (PSDB-MG), é favorável ao prosseguimento do processo e foi aprovado na comissão especial da Casa na última sexta-feira (6). Renan continua afirmando acreditar que a sessão termine por volta das 22h, mas a previsão dificilmente será acertada. Estão inscritos para falar 68 senadores, cada um com tempo máximo de 15 minutos. Além do tempo de cada senador, as questões de ordem devem adiar ainda mais o prazo de conclusão. Em cálculos ainda otimistas, a expectativa é de que sejam cerca de 15 horas de sessão, dividida em três blocos: o que foi iniciado às 10h com intervalo às 12h; das 13h às 18h; e das 19h até o fim da votação. Para que o processo seja aprovado, é necessário que a maioria dos parlamentares vote a favor. Segundo o placar do impeachment dos principais jornais do país, tudo indica que o afastamento será aprovado com folga. Renan Calheiros já informou que não votará em nenhuma das fases do impeachment. Se aprovado nesta quarta, o processo será instaurado na Casa, que terá prazo de 180 dias para o julgamento final. Neste período de julgamento, o vice-presidente Michel Temer (PMDB) assume o mandato. Matéria da edição desta quarta-feira da Folha da Manhã fala com detalhes sobre o rito do impeachment no Senado (aqui). Senadora pede suspensão da sessão (10h23) - A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) apresentou questão de ordem solicitando a suspensão da votação  até que o Supremo Tribunal Federal (STF) se manifeste sobre mandado de segurança impetrado pela Advocacia-Geral da União (AGU) na terça-feira (10), com pedido para que seja anulado todo trâmite do impeachment, desde a aceitação da denúncia pelo então presidente Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Cunha foi afastado pelo STF. O ministro Teori Zavascki é quem vai decidir o mandado de segurança da AGU. O senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), líder dos tucanos no Senado, argumentou que a questão de ordem apresentada por Gleisi já havia sido resolvida anteriormente. Ele classifica a ação como "manobra procrastinatória". Lindbergh pede nulidade do relatório (10h33) - O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) pediu a nulidade do relatório de Antonio Anastasia, por acreditar não ter fundamentação jurídica, materialidade e juridicidade. Ele reafirmou que Dilma não cometeu crimes de responsabilidade. Anastasia rebateu as alegações. Renan nega questões de ordem (10h37) - O presidente do Senado rejeitou as duas questões de ordem apresentadas pelos petistas. A fase dos discursos ainda não começou. Grazziotin contesta legitimidade de tucano para relatar (10h46) – A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) questionou a legitimidade de Anastasia como relator do processo. Grazziotin cita declarações da jurista Janaína Paschoal, uma das autoras da denúncia, em que ela declara sua “proximidade” com o PSDB, tendo trabalhado nas equipes de FHC e de Geraldo Alckmin. Vanessa lembra que Janaína afirmou ter recebido R$ 45 mil para fazer parecer pró-impeachment para o PSDB. O senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES) acusa o governo de apelar para “chicanas” e “catimba”. Rejeitada (10h46) - Renan rejeitou a questão de ordem da senadora Vanessa Grazziotin. Discursos (e são 68) ainda não começaram (10h55) - Com quase uma hora de sessão, os senadores governistas seguem pedindo a palavra antes do início das falas dos oradores inscritos. Mais uma questão de ordem (10h57) - A senadora Fátima Bezerra afirmou que não houve crime de responsabilidade de Dilma. Álvaro Dias (PV-PR) diz que as questões de ordem são "matéria vencida". Renan rejeitou a questão. Lindbergh apresenta última questão de ordem (11h10) - O senador pede a suspensão do processo até que o Tribunal de Contas da União analise as contas de Dilma. Se a questão de ordem for recusada, Lindbergh diz que irá recorrer ao STF. O líder do PSDB fala em “má fé” dos governistas para “procrastinação da sessão”. Renan nega também esta questão de ordem. Não era a última... (11h15) - Apesar de ter sido como anunciada como a última questão de ordem antes da fase dos discursos a de Lindbergh, o senador Paulo Rocha (PT-PA) pediu mais uma. Ele diz que os governistas não podem ser acusados de estar procrastinando e que o PT está defendendo sua história. Começam os discursos (11h19) - A senadora Ana Amélia (PP-RS) é a primeira oradora desta fase da sessão do impeachment no Senado. São 68 inscritos. Inicialmente, a previsão era que os discursos começassem às 9h. No entanto, a sessão foi aberta às 10h. Com as questões de ordem apresentadas pela base governista, Ana Amélia (PP-RS) só começou a discursar somente às 11h19. Cada um dos 68 oradores inscritos tem até 15 minutos para apresentar as razões pelas quais vai votar contra ou a favor a continuidade do processo de impeachment. Confira aqui, no blog do Bastos, a ordem dos 68 senadores inscritos para discursar.

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