O Carioquinha
Christiano 22/04/2016 12:21

Campeonato Carioca 2016

Começará a ser decidido, neste final de semana, o Campeonato Carioca de 2016. A bem da verdade, é como se ele começasse agora. O que ocorreu antes, em sua imensa maioria, foram jogos de pouca qualidade, pouco público, pouco interesse e que pouco ou nada valiam.

Para se perpetuar no poder, o presidente Rubem Lopes, da Federação do Rio, criou um campeonato inchado, com, pasmem, 16 clubes, para atender a todos os seus aliados entre os clubes pequenos, que tem, nas escatalógicas regras da Ferj, poder de votação similar aos grandes clubes, que são quem de fato sustentam o futebol do Rio e sua estrutura de poder.

O resultado disto foi que cada grande clube disputou nada menos do que 15 jogos, muitos deles contra clubes inexpressivos e tecnicamente bastante pobres, para chegar até a fase final, na qual, como já se sabia, até pela imensa fragilidade dos adversários, chegariam os quatro grandes. Muito jogo por nada.

A resposta vem nos estádios. A média de público até agora é de meros 3.111 pagantes. Quase 4 vezes menor do que a Copa da Primeira Liga. É menor do que a média de público pagante de estados que tem somente dois clubes grandes, como Minas Gerais (4.324) e Rio Grande do Sul (3.351). Por incrível que pareça, perde até para o Campeonato Paraibano (4.585). Parabéns aos envolvidos.

As semifinais serão Vasco x Flamengo e Fluminense x Botafogo. Será o terceiro Vasco x Flamengo, o primeiro que vale alguma coisa. Será o terceiro Fluminense x Botafogo, o primeiro que vale algo.

O Carioca deveria ter, no máximo, 8 clubes, os quatro grandes e quatro pequenos. Poderia até haver uma fase preliminar para os clubes pequenos classificarem quatro para a Taça Guanabara, que poderia ser disputada em turno único, com apenas 7 jogos para cada clube.

Chegariam à final os dois clubes que pontuassem mais, dando vantagem para o campeão da Taça Guanabara. Os finalistas fariam 8 jogos cada em toda a competição, se a final fosse em partida única. Um campeonato enxuto, mais atrativo. Ou poderia ser qualquer outra fórmula que fosse mais objetiva, seletiva e rentável do que a atual, o que não é difícil.

Os confrontos são clássicos e não tem favoritos, apesar da inegável vantagem do empate conquistada por Vasco e Fluminense. Espera-se que não haja interferência decisiva da arbitragem, como no ano passado, quando lances ilegais decidiram a classificação de Vasco e Botafogo, aliados da Federação.

Atualização às 18h09 de 22/04/2016: Pequenas edições e correções.

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