O Fluminense se sagrou campeão da primeira edição da Copa da Primeira Liga, ao vencer, em Juiz de Fora, o Atlético/PR/ por 1x0, com gol de Marcos Jr. A competição reuniu 6 dos 12 maiores clubes do Brasil: além do Fluminense, a disputaram Flamengo, Atlético/MG/, Cruzeiro, Inter e Grêmio.

A Copa da Primeira Liga teve ainda 6 clubes médios do Sul e de Minas Gerais, entre eles dois que já foram campeões brasileiros: Coritiba e o finalista Atlético/PR/. O ponto comum entre os participantes é a insatisfação com suas federações e campeonatos estaduais, além da busca de novas receitas.

O modelo brasileiro concentra o poder do futebol nas mãos das federações, que em troca de supostamente organizar os campeonatos, de forma malfeita, inchada e com favorecimentos a aliados, abocanham grande parte da renda, deixando os grande clubes, que são as verdadeiras atrações, muitas vezes à míngua, disputando partidas deficitárias e tecnicamente pobres.

O campeonato teve muitas dificuldades, pois somente saiu após os clubes vencerem uma queda de braço com suas federações. A incerteza levou ao improviso e há muito o que se melhorar. O grande acerto foi no formato objetivo, com primeira fase com 3 jogos e semifinais e final em jogo único.

Os clubes finalistas disputaram 5 jogos, mostrando que o inchaço é inimigo da qualidade. Para efeito de comparação, a Copa da Primeira Liga teve média de público de 11.842 pagantes. O Campeonato Carioca tem, até agora, a pífia média de 3.111 pagantes, número quase 4 vezes menor.

A se lamentar a postura dos atuais dirigentes de Vasco e Botafogo, que deram as costas para os seus co-irmãos e trabalharam de mãos dadas com a Federação do Rio para sabotar a competição, em troca de interesses e vantagens inconfessáveis, como tabela e juízes amigos no estadual.