Câmara de Campos: CPI da Lava Jato e pedido de suspeição de juíza
Suzy 26/04/2016 10:53
marcao pt O vereador Marcão acaba de anunciar no plenário da Câmara que conseguiu o número suficiente de assinaturas para instaurar a CPI que irá investigar um possível envolvimento da prefeita Rosinha Garotinho (PR) com a Odebrecht, uma das maiores empreiteiras do País e que é investigada na operação Lava Jato. Assinaram o pedido de CPI os vereadores Marcão (Rede), Nildo Cardoso (DEM), Rafael Diniz (PPS), Fred Machado (PPS), Tadeu To Contigo (PRB), Dayvison Miranda (PSDC), Zé Carlos (PSDC), Gil Vianna (PSB) e Genásio (PTC). O presidente da Câmara, Edson Batista (PTB), afirmou que havia número suficiente para a instauração da CPI e que, então, ela seguirá, agora, os trâmites normais. Em sua explicação, Marcão disse que é preciso esclarecer se houve algum envolvimento com a prefeita Rosinha, cujo nome consta na lista da Odebrecht. Leia mais sobre o assunto aqui. Afastamento de juíza Marcão citou, também, a ação movida pelo Ministério Público Estadual  contra pessoas físicas e jurídicas, pedindo medidas cautelares, como busca e apreensão e bloqueio de bens. O processo corre sem segredo de justiça na 4ª Vara Cível de Campos, onde a juíza Elizabeth Franco Longobardi teria negado os pedidos do MPE. Na duas espatas do “Morar Feliz”, assinadas nos dois governos Rosinha Garotinho (PR), mais os aditivos, a Odebrecht  levou no total R$ 996.434. 912,43 dos cofres públicos de Campos. O vereador afirmou que a juíza, esposa do presidente do PR em Macaé, embora "bastante competente", deveria se dizer impedida de atuar no assunto. O blog Opiniões, de Aluysio Abreu Barbosa, falou aqui sobre a CPI e sobre a ação do MPE. Lembre: Na edição do último dia 27, a Folha da Manhã mostrou que a relação entre a construtora envolvida no escândalo da Lava Jato e a Prefeitura de Campos é antiga. Em 2009, a Odebrecht foi responsável pelo contrato para construção das casas do Morar Feliz. A própria Folha antecipou em maio daquele ano que a Companhia Brasileira de Projetos e Obras (CBPO), incorporada ao Grupo Odebrecht, seria a vencedora da concorrência pública. Após a denúncia, os envelopes ficaram lacrados por meses, mas, em setembro, veio a confirmação.Confira aqui. Sobre a lista, os Garotinho afirmaram tratar-se de doações legais, porém, como é possível conferir aquisobre Garotinho não consta nos registros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nenhuma doação feita pela Odebrecht em 2010. No caso de Rosinha aqui e Clarissa  aqui  embora nas planilhas achadas na casa de Benedicto não conste o ano do repasse, investigação e defesa trabalham com o ano de 2012, quando Clarissa perdeu a eleição à Prefeitura do Rio, como vice Rodrigo Maia (DEM), e Rosinha se reelegeu prefeita. Não há em 2012 nenhuma doação direta da Odebrecht às duas, só ao PR e ao DEM, A lista apreendida pela Polícia Federal em que constavam os nomes dos Garotinho estava no poder de Benedito Barbosa da Silva Júnior, presidente da Odebrecht e que assinou, com a prefeita Rosinha, o contrato do Morar Feliz, como é possível conferir em matéria da Folha (aqui).

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    Suzy Monteiro

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