Lava Jato: Ministro do STF manda investigar planilhas que têm nomes dos Garotinho
Suzy 23/04/2016 12:27
[caption id="attachment_19552" align="aligncenter" width="300"]Divulgação - STF - Nelson Jr. Divulgação - STF - Nelson Jr.[/caption] O ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a abertura de procedimento para uma apuração preliminar sobre planilhas apreendidas na Operação Lava Jato e que mostram doações feitas pelo grupo Odebrecht a políticos com e sem foro privilegiado de diversos partidos. Agora, o material será analisado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que decidirá se pede ou não a abertura de inquéritos sobre políticos mencionados na lista. Os documentos foram apreendidos na casa do presidente da Odebrecht Infraestrutura, Benedicto Barbosa da Silva Junior, que foi preso na 23 fase da Lava Jato, batizada de Acarajé. A lista traz, entre mais de 200 políticos, os nomes da prefeita Rosinha, da filha Clarissa, deputada federal, e do marido, Anthony Garotinho (todos filiados ao PR e negam qualquer tipo de irregularidade nas doações). Confira aqui. A Odebrecht foi a responsável pela construção das casas do Morar Feliz. O contrato foi assinado em pela prefeita Rosinha e pelo empresário Benedicto Barbosa Junior, que tinha a posse da lista. Lembre: Na edição do último dia 27, a Folha da Manhã mostrou que a relação entre a construtora envolvida no escândalo da Lava Jato e a Prefeitura de Campos é antiga. Em 2009, a Odebrecht foi responsável pelo contrato para construção das casas do Morar Feliz. A própria Folha antecipou em maio daquele ano que a Companhia Brasileira de Projetos e Obras (CBPO), incorporada ao Grupo Odebrecht, seria a vencedora da concorrência pública. Após a denúncia, os envelopes ficaram lacrados por meses, mas, em setembro, veio a confirmação.Confira aqui. Sobre a lista, os Garotinho afirmaram tratar-se de doações legais, porém, como é possível conferir aquisobre Garotinho não consta nos registros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nenhuma doação feita pela Odebrecht em 2010. No caso de Rosinha aqui e Clarissa  aqui  embora nas planilhas achadas na casa de Benedicto não conste o ano do repasse, investigação e defesa trabalham com o ano de 2012, quando Clarissa perdeu a eleição à Prefeitura do Rio, como vice Rodrigo Maia (DEM), e Rosinha se reelegeu prefeita. Não há em 2012 nenhuma doação direta da Odebrecht às duas, só ao PR e ao DEM, A lista apreendida pela Polícia Federal em que constavam os nomes dos Garotinho estava no poder de Benedito Barbosa da Silva Júnior, presidente da Odebrecht e que assinou, com a prefeita Rosinha, o contrato do Morar Feliz, como é possível conferir em matéria da Folha (aqui). O blog do Bastos postou sobre o assunto aqui.

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    Suzy Monteiro

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