Nildo: "Querem fugir do debate sobre Lava Jato"
Suzy 05/04/2016 09:24
4d8ef0f5-b17d-4173-9b8f-333ad0380d51 (1) Pela terceira vez consecutiva, a Câmara de Campos não teve quórum para realização de sessão. O líder da oposição, Nildo Cardoso (DEM), abriu os trabalhos, mas após chamada, foi encerrada por falta de quórum. De acordo com Nildo, após esperar 45 minutos para a sessão ter início, os vereadores presentes decidiram fazer cumprir o regimento interno e fazer a chamada. Como vereador mais velho (e mais votado) presente, Nildo chamou Tadeu To Contigo para secretaria e abriu a sessão. Sem número suficiente, a sessão foi encerrada. "Querem fugir do debate. Como na hora que o reitor da Uenf veio falar já estávamos com 15 presentes? Discutir problemas (graves) do Estado querem, mas a lista da Odebrecht não", reclamou Nildo. Estavam presentes no plenário, além de Nildo e To Contigo, Rafael Diniz, Marcão, Fred Machado, Ze Carlos, Auxiliadora Freitas, Jorge Rangel, Gil Viana, Albertinho e Mauro Silva. Entenda: No último dia 23, a divulgação de uma super lista da Odebrecht trouxe os nomes de mais de 200 políticos, entre eles, o clã Garotinho: A prefeita Rosinha, o marido Garotinho e a filha e deputada federal Clarissa. Confira aqui. Na edição do último dia 27, a Folha da Manhã mostrou que a relação entre a construtora envolvida no escândalo da Lava Jato e a Prefeitura de Campos é antiga. Em 2009, a Odebrecht foi responsável pelo contrato para construção das casas do Morar Feliz. A própria Folha antecipou em maio daquele ano que a Companhia Brasileira de Projetos e Obras (CBPO), incorporada ao Grupo Odebrecht, seria a vencedora da concorrência pública. Após a denúncia, os envelopes ficaram lacrados por meses, mas, em setembro, veio a confirmação.Confira aqui. Sobre a lista, os Garotinho afirmaram tratar-se de doações legais, porém, como é possível conferir aquisobre Garotinho não consta nos registros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nenhuma doação feita pela Odebrecht em 2010. No caso de Rosinha aqui e Clarissa  aqui  embora nas planilhas achadas na casa de Benedicto não conste o ano do repasse, investigação e defesa trabalham com o ano de 2012, quando Clarissa perdeu a eleição à Prefeitura do Rio, como vice Rodrigo Maia (DEM), e Rosinha se reelegeu prefeita. Não há em 2012 nenhuma doação direta da Odebrecht às duas, só ao PR e ao DEM, A lista apreendida pela Polícia Federal em que constavam os nomes dos Garotinho estava no poder de Benedito Barbosa da Silva Júnior, presidente da Odebrecht e que assinou, com a prefeita Rosinha, o contrato do Morar Feliz, como é possível conferir em matéria da Folha (aqui). Atualização às 11h50. O blog do Bastos informou aqui o entendimento do presidente da Câmara de Campos, Edson Batista (PTB), sobre a falta de quórum. Segundo ele, a culpa foi da oposição: “Os vereadores estavam na sala da presidência recepcionando o reitor da Uenf. Neste momento, o vereador Nildo Cardoso resolveu fazer a segunda chamada, prevista no regimento, e não houve sessão”, diz Edson. Segundo o presidente, os vereadores da situação iriam ao plenário e a sessão seria realizada normalmente. “Dessa vez a culpa foi da oposição, que se precipitou”, garantiu Batista.  

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    Suzy Monteiro

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