---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ESCRITO E PUBLICADO ANTES DO RESULTADO FINAL DA VOTAÇÃO DO IMPEDIMENTO DA PRESIDENTE Os brasileiros, viveram hoje mais um capítulo da série  The Walking DeaDilma: a história de uma mandatária zumbi, perdida entre as paredes de um palácio. Não foram somente as pedaladas fiscais as únicas responsáveis pelo começo do por do sol da presidente. O temperamento agressivo com todos, dos ministros aos mais humildes servidores, a arrogância no estilo Collor de comandar e outros fatores ainda a serem desvendados, trouxeram a primeira mulher a chefiar o Executivo nacional, para a beira do barranco. A goleada imposta na Câmara já era esperada pelo Governo, que, mesmo assim, tentou de todas as manobras inverter a situação. Como uma Alemanha impávida, o Sim ganhou sem dar descanso nem esperança. Os próximos episódios serão cada vez mais imperdíveis. Os roteiristas, dentre eles o juiz Moro, a Polícia Federal, os ministros do STF, os senadores, os deputados, os governistas  e o povo, são imprevisíveis, nem mesmo eles sabem como serão as futuras cenas. Os papéis não são bem definidos  na História, quase sempre, compreensível  só depois de vivida. Que de um seriado de zumbís, passemos a um conto de fadas em um piscar de pestanas é desejar infantilmente, mas, fazer nossas escolhas serem mais eficazes coletivamente e dificultarmos ao máximo a ideia de que a corrupção só é ruim quando não nos dá vantagens, devem ser as principais metas. Chega do voto-simpatia, do voto-cimento, do voto-ilusão. Ou vamos continuar personagens assombrados e assombrantes à espera de outros espetáculos como o de hoje. O Brasil merece  mais do que viver de espasmos. Hora de crescer de verdade. E crescer é doloroso, porém, inevitável.