--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Nino Bellieny Quem estudou para valer durante todo o curso de Medicina, não terá problemas, vai tirar de letra, mas, quem passou raspando em cada ano, ou aproveitou a faculdade somente para tirar onda de jaleco branco e vencer maratonas de animadas e regadas festas universitárias, vai chiar na nova frigideira do MEC: de 2020 em diante, para conquistar o diploma,  todos os acadêmicos serão obrigatoriamente avaliados. As provas serão aplicadas pedagogicamente aos alunos dos 2.º e 4.º anos de faculdade. E no 6.º ano, porém, quem não atingir a nota padrão, não poderá se formar. E aí... Os calouros de Medicina em 2015 já  serão testados em agosto próximo pelo exame do 2.º ano, feito pelo Inep- Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira.  Tudo oriundo de uma resolução do  CNE-Conselho Nacional de Educação.  Veio a público em 2014, com um prazo de dois anos para ser efetivado. E o tempo passou. Chegou o momento. A  Anasem- Avaliação Nacional Seriada dos Estudantes de Medicina entra na grade curricular de forma obrigatória. Faculdades e estudantes que ignorarem a resolução, ficarão expostos a penalidades ainda não definidas.  O teste será no estilo  do Revalida – exame sem o qual  diplomas médicos expedidos por universidades de outros países não valem no Brasil. Também serão avaliadas as habilidades clínicas do acadêmico. É possível que a somatória dos resultados dos alunos de cada instituição venha a ser usada para avaliar os cursos de Medicina, uma espécie de Enade ainda mais exigente, regulada por uma Comissão Assessora da Avaliação em parceria com o Ministério da Saúde e do Conselho Federal de Medicina. Ser reprovado vai significar não obter o tão sonhado registro profissional. Se o aluno poderá tentar outras vezes, ainda não foi estabelecido, mas, é provável que tenha semelhanças com a também temida prova da OAB-Ordem dos Advogados do Brasil. Não passou,  vai ter de estudar muito e fazer outra. Com este funil oficial, as instituições de Medicina terão que se dedicar ainda mais ao propósito de formar profissionais realmente competentes. Na fila de espera, os habitantes de um Brasil cheio de problemas de saúde aguardarão mais confiantes pela  próxima consulta.