Porque a Situação é Sempre a Mais Observada
Nino Bellieny 02/04/2016 07:59
O Poder Político vigente, em qualquer cidade, estado ou país, está na vitrine. Natural que ocupe as atenções dos veículos de comunicação e das pessoas. A isenção dos observadores sendo imparcial, dentro dos fatos, não terá como fugir do que é visível. Erros administrativos dão mais manchetes do que os acertos. A iluminação deficiente, os buracos nas ruas e as reclamações variadas e sempre insaciáveis dos cidadãos serão a atração, afinal, a cultura da falha é muito mais valorizada do que a do correto. Portanto, não se trata de perseguição, exceto se houver intenção declarada e apaixonada de quem é sempre do contra. Também é maior a exposição daquele que for indicado pelos situacionistas para eleição/reeleição. Passos vigiados, fotografados e filmados  pelos profissionais da informação, ou pelos fãs e detratores em diferentes pontos de vista que podem ajudar ou atrapalhar, independente de quem os fez, pois, depende mesmo é o resultado dessa vigília, ser julgado de acordo com as próprias convicções dos eleitores. O maldoso, em tudo vê maldade e o bom, bondade. Não se iludam os que, hoje são oposicionistas, ao acharem as notícias geradas pela Situação, serem feitas  para o benefício deles. Amanhã, caso tenham a sorte ou o azar de ganharem o que almejam, aprenderão rapidamente o que é ser vidraça. 605-11-02_20110801_1438 A cadeira de um chefe de executivo é desejada como uma mulher bonita. Depois do casamento, vem a descoberta de que a boniteza é apenas externa e os  verdadeiros problemas começam.  Contorna-se com muito amor e paciência ou pede divórcio, o que demanda custos emocionais e físicos acompanhados de muito estresse e tempo arrastado. A Oposição é o rival a torcer pela separação. E os que agora aplaudem e por eles torcem entusiasticamente serão os primeiros a usarem o estilingue, se aqueles vierem a ocupar o lugar cobiçado. O agrado nunca é geral e o descontentamento é irmão da pressa. Vão querer tudo ao mesmo tempo. E isso inclui não só as necessidades urgentes da coletividade, mas, principal e infelizmente, as pessoais. Vão querer um emprego. Vão querer um algo a mais. Vão querer o impossível como se essa fosse a única obrigação de quem se elege para um cargo executivo, ( e também legislativo): satisfazer os desejos de quem nele votou. Dane-se a cidade, se alguém da família está colocado é o que interessa, assim pensam muitos. Oposição sem um plano de governo consistente e usando os velhos artifícios das promessas sedutoras é noivo que entra na igreja todo elegante, mas,  sem casa e emprego, com a cara e a coragem, achando que com ele, será uma eterna lua de mel. Ter um olhar de compreensão para quem está no Poder, exige disciplina e humanismo, para diferenciar o que é ambição ou urgência de quem está solicitando e o que solicita. Reivindicação não é o mesmo que reclamação. Uma costuma ser praticada na primeira pessoa do plural, a outra, na primeira pessoa do singular. O comunitário duelando com o individual. Grandes poderes- como diz o personagem das histórias-quadrinhos e do cinema, o Homem Aranha- trazem grandes responsabilidades. Porém a crítica implacável quase sempre oculta intenções oportunistas. Olhos abertos e ouvidos atentos para bem distinguir não farão mal a ninguém.  

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