POR GIL JARDIM Dois fatos se sobrepuseram no meu Facebook, quase simultaneamente: o texto sobre o Profeta Gentileza ( no perfil do Nino) e a escusa ao convite de vice-prefeitável, por uma empresária. Ambos me dizem que a pessoa dá o que tem. Os homens tendem a se perder por serem egoístas, demonstrando essa característica quando se mostram presunçosos, orgulhosos, vaidosos. E em assim sendo não demonstram respeito para com os demais. Desrespeitam... não me refiro a descumprir leis expressas. Refiro-me as leis da boa convivência, do bom tom, as leis que regem a urbanidade. E que ajudam a evitar as outras.   Essas "Normas de Convívio" são as regras interiorizadas e maioritariamente aceitas como requisitos da vida social, nelas encontramos não só os valores, e os princípios que orientam o comportamento dos indivíduos, como também a ética profissional do indivíduo. Quando ouvimos palavras de baixo calão, quando vemos as frases que se iniciam com “EU”, quando percebemos o tom da voz de muitos, o gesto grosseiro, por vezes selvagens e rústicos podemos conhecer mais dessa pessoa do que de quem ela está confrontando. Freud assim disse: "Quando Pedro me fala sobre Paulo, sei mais de Pedro que de Paulo." Demonstrar mútuo respeito e consideração; boas maneiras, cortesia, polidez é sinal de civilidade, boa educação. Ao conhecer um só ser humano já posso dizer muito dos seus familiares, amigos e conviventes. Sabemos que nesses momentos de decisões político-partidárias os ânimos se exaltam. Cabe a nós respeitarmos o outro. Casos contrários serão tachados de idiotas, pessoas que carecem de inteligência, de discernimento; um tolo, ignorante ou estúpido. Na vida política precisamos saber separar o ser do estar e do ter. A empresária foi generosa em oferecer civilidade ao recusar o convite, pois sabia ela que já dá o que pode e bem sabemos que não recebeu civilidade de diversas pessoas.   E o Profeta Gentileza? ... ah! Gentileza gera gentileza. “Sérgio Buarque de Holanda consagrou a expressão homem cordial discorrendo sobre cordialidade e civilidade, atraso e modernidade, tradição e renovação, privado e público. Segundo ele, a definição de civilidade é proporcional à ética, à modernidade, à renovação, à educação, pois o indivíduo que tem como prerrogativas a civilidade é, e deve ser, cordial, ético e principalmente bem educado, tanto nas ações quanto no comportamento. “   NOTA DO BLOG A frase: Nas ruas do Rio existiu um cara chamado Gentileza. Nas pessoas existia gentileza. Gentileza agora mora só nos dicionários. NinoBellieny A recusa: A empresaria e o convite para ser vice-prefeitavel