Dilma lança "pacote de bondades"
Alexandre Bastos 30/04/2016 12:24

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A duas semanas da votação no Senado que poderá afastá-la do cargo, a presidente Dilma Rousseff começou a anunciar medidas de última hora. Nesta sexta-feira, ela prorrogou o Programa Mais Médicos, liberou R$ 100 milhões para gastos com publicidade da Presidência e outros R$ 80 milhões para infraestrutura das Olimpíadas no Rio. Na próxima semana, o governo promete liberar todo o orçamento da Polícia Federal previsto para o restante do ano, o equivalente a R$ 160 milhões.

Além do anúncio de ações, o governo começou ofensiva contra promessas do eventual governo Temer. Texto divulgado pelo Ministério do Desenvolvimento informou na noite desta sexta-feira que a proposta do PMDB para focar nos 5% mais pobres do país vai excluir outras 36 milhões de pessoas que estão no Bolsa Família. A pasta diz ter examinado o cadastro único e, a partir do que foi divulgado sobre promessas do PMDB — a pasta não cita o nome de Temer —, sustenta que boa parte do público do programa no Nordeste e no Sudeste está sendo esquecida.

Dilma estuda ainda adotar outras medidas que podem impactar as contas do governo, como reajustar o Bolsa Família e corrigir a tabela do Imposto de Renda.

O ministro da Justiça, Eugênio Aragão, deixou claro que a liberação dos recursos da PF vai garantir que a instituição não seja afetada em eventual saída de Dilma. Sem citar nomes, fez alusão a eventuais ingerências do governo do vice na PF e Lava-Jato: "É muito simples. É possível que nós tenhamos uma presidenta suspensa de suas funções. E nós estamos querendo garantir que durante esse período excepcional de até 180 dias a PF funcione independentemente da crise política", frisou.

Fonte: O Globo

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