O Dia: Garotinho tira outro voto da oposição no processo de impeachment
Alexandre Bastos 15/04/2016 21:02

Em sua coluna no site do jornal "O Dia" (aqui), o jornalista Fernando Molica informa que Anthony Garotinho deu outra mãozinha a Dilma Rousseff: convenceu o deputado Paulo Feijó (PR-RJ) a não votar na sessão de domingo que decidirá se será aberto processo de impeachment da presidente. Clarissa, filha do ex-governador, também não irá ao plenário. Ela e Feijó já haviam declarado que votariam a favor do impedimento. As mudanças complicam a oposição, que precisa de 342 votos.

Atualização às 21h35 - O deputado Paulo Feijó (PR-RJ) nega que tenha sido convencido por Garotinho a deixar de votar pelo impeachment de Dilma Rousseff. Ele afirma que é a favor do afastamento da presidente.

Logo após Feijó entrar em contato, Molica corrigiu a informação no Facebook, Twitter, e tirou a nota do ar.

Feijó garante que votará pelo impeachment - Já o blog "Opiniões", do jornalista Aluysio Abreu Barbosa, postou uma resposta de Feijó sobre a possibilidade de Garotinho mudar o seu voto. “Garotinho não me pediria isso (votar contra o impeachment ou se ausentar) nunca” (aqui).
Atualização às 23h10 - Em seu blog "Opiniões", Aluysio Abreu Barbosa revela que Garotinho esteve com Feijó nesta sexta-feira, por volta das 18h30. Porém, enquanto Garotinho foi ao banheiro, Feijó deixou a conversa. O mais interessante é que foi o próprio Garotinho que plantou a nota no jornal "O Dia" sobre a suposta mudança no voto de Feijó (aqui).
Especialista nesse jogo, Garotinho achou que a mudança no voto de Feijó lhe daria mais crédito com a presidente Dilma Rousseff. Crédito este que poderia turbinar a "venda do futuro". Por conta disso, tentou primeiro na base da conversa e, depois, na boa e velha pressão, rolando a bola para o jornal "O Dia".
Em 2012 ele usou uma tática semelhante para convencer Rosinha a disputar a reeleição. Na época, a prefeita teria decidido não se candidatar para cuidar da família. Em junho daquele ano o jornal "O Diário" publicou matéria informando que a prefeita comunicou ao seu marido que não será candidata. Rosinha alegou que "já cumpriu sua missão e pretende voltar suas energias para a família e o trabalho que já desenvolve com crianças na sua igreja (Presbiteriana)". Na época, quem rolou a bola para o jornal foi o próprio Garotinho, com o objetivo de tornar o desejo público e pressionar a prefeita. Com Rosinha deu certo. Com Feijó, não.

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