PSDB vai relatar impeachment de Dilma no Senado
Arnaldo Neto 26/04/2016 12:53
anastasiaeaecioO Senado Federal elegeu na manhã desta terça-feira (26) o presidente e o relator da comissão do impeachment da presidente Dilma Rousseff. Raimundo Lira (PMDB-PB) foi eleito presidente por aclamação, conforme já era esperado. Entretanto, para a relatoria houve divergências. Foi escolhido, por votação, o senador Antônio Anastasia (PSDB-MG), aliado do senador Aécio Neves, presidente do diretório tucano nacional, derrotado por Dilma no pleito de 2014. Senadores da base governista afirmam que Anastasia não tem isenção para relatar o processo e consideram a escolha uma “provocação”. O relatório será votado pelo colegiado no dia 6 de maio e deve ser apreciado no plenário principal no dia 11. O líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB), afirmou que não fazia sentido os governistas tentarem impedir a indicação de Anastasia, uma vez que o presidente da comissão é do PMDB, partido diretamente beneficiado pelo possível impeachment de Dilma. Ele classificou a movimentação como “implicância, birra, quizila”. O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) disse que a votação na Câmara foi um “festival de horrores”, e que o debate no Senado tem que ser feito com “calma” e “aprofundamento”. O petista tentou convencer que a relatoria deveria ficar com outro partido, mesmo que o senador já tenha se posicionado favorável ao impeachment. O senador Humberto Costa (PT-PE) afirmou que o PSDB, para isenção do processo, deveria admitir a suspeição do senador tucano. As apelações não surtiram efeito e, por eleição, Anastasia ficou com a relatoria do processo. Independente do resultado no colegiado, o mesmo parecer vai ao plenário da Casa, que é soberano. Aprovado por maioria simples, o processo é instaurado e a presidente afastada por até 180 dias, para investigação. A votação deve acontecer no dia 11 de maio. Se o relatório for reprovado, o processo é arquivado. Segundo enquetes da mídia nacional, mais de 41 senadores já se posicionam a favor do impeachment. O Rio de Janeiro conta com dois membros na comissão do impeachment. Além do petista Lindbergh Farias, está no colegiado o senador Romário Faria (PSB). Lindbergh é contra o impeachment, enquanto Romário já se posiciona de forma favorável. Atualizado às 15h29 — Inclusão de informações.

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