Licença de Clarissa ganha destaque na BBC
Arnaldo Neto 16/04/2016 17:49
O fato de Clarissa Garotinho (PR) não comparecer a sessão deste domingo (17) para a votação do impeachment e tirar licença (aqui) de 120 dias, o que impossibilita seu suplente de assumir e votar ainda gera polêmica (se a licença fosse de 121 dias, o suplente votaria). Muitos acreditam que foi uma manobra arquitetada pelo seu pai, o ex-governador Anthony Garotinho (PR), atual secretário de Governo de Campos, que foi a Brasília para tentar a terceira venda do futuro, no valor superior a R$ 1 bilhão, comprometendo o orçamento do município até 2031. Garotinho teria tentado (aqui), ainda, “anular” o voto de Paulo Feijó (PR), mas esta não sucumbiu. O site BBC Brasil trouxe (aqui) matéria hoje sobre a licença de Clarissa, na qual um deputado contesta o fato de sua licença ser justificada por não poder voar. Alberto Fraga (DEM), deputado mais votado do Distrito Federal, disse que Clarissa deveria seguir o exemplo da travessia feita por Maria, mãe de Jesus, e viajar a Brasília para participar da votação. Clarissa continua em silêncio. A BBC Brasil diz que não encontrou sua equipe. Neste sábado (17), por volta das 12h, o assessor de imprensa da deputada entrou em contato com o este blogueiro, perguntando se havia interesse em “conversar com ela”. A resposta foi positiva, mas até agora não houve novo contato do assessor, tampouco de Clarissa. O presidente do PT em Campos, André Oliveira, afirmou que seu partido está confiante no “efeito Clarissa” para que o impeachment seja arquivado neste domingo (17). Licença1 Confira a reportagem da BBC: As últimas 48 horas em Brasília têm sido marcadas pelo esforço de governistas e oposicionistas pela conquista de deputados indecisos sobre o afastamento da presidente. Além dos que estão em cima do muro, os já decididos também são alvo – pelo menos 15 parlamentares teriam mudado de ideia às vésperas da votação. O nível a que chega a disputa por apoio na reta final da discussão sobre admissibilidade do processo na Câmara é ilustrado por uma polêmica envolvendo uma deputada grávida de 35 semanas, que afirma ter recebido ordens médicas para não se deslocar de avião para a votação no Congresso. Para Alberto Fraga (DEM), deputado mais votado do Distrito Federal, Clarissa Garotinho (PR-RJ) deveria seguir o exemplo da travessia feita por Maria, mãe de Jesus, e viajar a Brasília para participar da votação sobre o impeachment. A deputada passou mal durante a votação da Comissão Especial do Impeachment. Para setores da oposição, ela, filha do ex-governador Anthony Garotinho (PR-RJ) – ex-aliado que se tornou inimigo do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), – teria pedido licença médica para se abster, o que favoreceria a presidente Dilma Rousseff. A BBC Brasil conversou com Fraga, que reiterou as críticas à parlamentar. “Ela é uma menina saudável, gravidez de 35 semanas não tem nenhum risco”, afirmou. Questionado sobre as ordens médicas mencionadas por Clarissa Garotinho, Fraga responde: “O médico só pode ser petista. Não tem problema nenhum vir aqui e votar”. O parlamentar prossegue: “Não vai ter tumulto. Grávidas têm sempre prioridade”. A reportagem procurou a equipe da deputada em seu gabinete em Brasília, mas ninguém foi encontrado.

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