“Como cordeiro levado ao matadouro”, Clarissa ainda não abriu a boca
Arnaldo Neto 15/04/2016 13:54
[caption id="attachment_6018" align="alignleft" width="333"]No facebook, no dia 7 de abril, Clarissa anunciou que votaria a favor do impeachment (Reprodução) No Facebook, no dia 7 de abril, Clarissa anunciou que votaria a favor do impeachment (Reprodução)[/caption] O impacto na até então promissora carreira política da deputada federal Clarissa Garotinho (PR), ao tirar licença de 120 dias às vésperas da votação do impeachment, só o tempo mostrará. Entretanto, nesta sexta-feira (15), a repercussão é das piores possíveis. A deputada já tinha se posicionado publicamente a favor do impeachment, mas ao tirar 120 dias de licença vai ajudar o governo, uma vez que para a aprovação do impeachment a oposição precisa alcançar 342 votos — quem não comparecer, entra na conta do governo que precisa de 172. Apesar de usar as redes sociais intensamente, Clarissa ainda não se manifestou acerca de sua decisão. O blog do Noblat (aqui) e do Lauro Jardim (aqui), ambos hospedados em O Globo, dizem que o ex-governador Anthony Garotinho (PR) fez pressão pelo sacrifício. Garotinho está em Brasília para tentar viabilizar a terceira “venda do futuro” de Campos, no valor de mais R$ 1 bilhão, que comprometeria o município até 2031. Seria, como Aluysio Abreu Barbosa questionou (aqui e aqui) no seu blog Opiniões, hospedado na Folha Online, o voto de Clarissa negociado para mais uma “venda do futuro” de Campos? Até agora Clarissa, assim como em uma passagem bíblica, “submeteu-se, não abriu a boca; como cordeiro levado ao matadouro ou como ovelha diante dos que a tosquiam, não abriu a boca”. Na quinta-feira (14), este blogueiro fez contato por e-mail e Whats’App com Rodrigo Pael, assessor de Clarissa, para saber a posição da deputada sobre os boatos, de até  então, sobre a mudança de seu voto. Nesta sexta, confirmada a licença, outro e-mail foi enviado. O silêncio reina até agora! [caption id="attachment_6021" align="aligncenter" width="1273"]email_pael E-mail enviado na quinta-feira ao assessor de imprensa de Clarissa Garotinho[/caption] O ultimato para a mudança de Clarissa, segundo Lauro Jardim, veio do pai, em Brasília: “Tudo bem você votar a favor do impeachment. Mas no dia seguinte você tira o Garotinho do seu nome”. Em seu blog (aqui), o ex-governador nega qualquer tipo de manobra e diz se tratar de uma recomendação médica. Se a decisão já estava tomada, se a licença já estava protocolada, por que a deputada não respondeu aos questionamentos enviados  à assessoria? Clarissa “se despede” com um beijo, mas não escapa das críticas beijo_clarissa No dia 13 de abril e com um beijo. Foi assim que Clarissa se “despediu” dos seus seguidores na rede social Facebook (aqui), um dia antes de protocolar seu pedido de licença.  No entanto, nos comentários, não escapou das críticas, por ter defendido o impeachment por tanto tempo e não participar da votação. Comentários Na Folha Online, além do Opiniões (aqui e aqui), os blogs Ponto de Vista, do Christiano Abreu Barbosa (aqui, aqui e aqui), do Bastos (aqui), e Na Curva do Rio, da Suzy Monteiro (aqui)  também comentam sobre a repercussão da licença de Clarissa. A Folha da Manhã (aqui), trouxe matéria na edição desta sexta-feira (15) sobre a possível aproximação de Garotinho e Dilma.

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