Temer divulga por engano áudio com discurso que faria após impeachment
Arnaldo Neto 11/04/2016 16:43
[caption id="attachment_5851" align="alignleft" width="300"]Temer Foto: Agência Brasil[/caption] Em mensagem de quase 15 minutos enviada por engano a parlamentares do PMDB, o vice-presidente da República, Michel Temer, disse que “aconteça o que acontecer” é preciso construir um governo de “salvação nacional” e alertou que haverá “sacrifícios” para retomar o crescimento. O áudio do vice antecipa o discurso que seria feito à Câmara caso a Casa autorizasse a abertura de processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, o que está previsto para ocorrer apenas no próximo fim de semana. “Aconteça o que acontecer no futuro, é preciso um governo de salvação nacional e, portanto, de União nacional. É preciso que se reúna todos os partidos políticos e todos os partidos políticos estejam dispostos à colaboração para tirar o País da crise”, afirmou Temer no áudio ao qual o Estado teve acesso. Temer diz no áudio que “sem essa unidade nacional, penso que será difícil tirar o país da crise em que nos encontramos”. Fonte: Estadão (confira a íntegra da matéria aqui) Atualização às 19h20 — Temer disse que a gravação foi em resposta a alguns “companheiros”, que perguntaram a ele se estava preparado para ocupar a Presidência da República. Segundo Temer, em vez de enviar a mensagem para outro amigo, o áudio foi direcionado a “um grupo que acabou divulgando esta matéria”. “Eu falava com vários companheiros e, naquele momento, me perguntaram se eu estava preparado para a eventualidade daquilo que viesse a acontecer no próximo domingo, porque, certa e seguramente, se exigiria uma manifestação minha. Eu disse: Olha, até vou fazer o seguinte. Vou gravar aqui uma coisa que eu imagino que eu possa dizer”, disse. Perguntado se o vazamento poderia alterar o resultado da votação do impeachment na Câmara, que deve terminar neste domingo (17), Temer disse que não. Ele  afirmou também que não iria comentar críticas de que é “golpista”, e estaria sentando-se na cadeira antes do tempo, feitas pelo Planalto após o vazamento do áudio. “Certas afirmações não merecem, digamos assim, a honra da minha resposta”, disse o vice-presidente.

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