Delação de empreiteira relata propina para campanhas de Dilma, diz jornal
Arnaldo Neto 07/04/2016 10:27
Dilma_abrilO jornal Folha de S. Paulo informou que executivos e o ex-presidente da Andrade Gutierrez Octavio Marques de Azevedo afirmaram em delação premiada que a empreiteira fez doações legais para as campanhas de Dilma Rousseff de 2010 e também de 2014 usando propinas de obras superfaturadas da Petrobras e do setor elétrico. Também afirmaram, segundo o jornal, que a partir das obras da usina de Belo Monte, o esquema de pagamentos ganhou escala. Atualização às 16h30: De acordo com o jornal O Globo, o ministro Teori Zavascki homologou, na noite de quarta-feira, a delação premiada da Andrade Gutierrez. Zavaski não confirma, nem nega. A Folha de S. Paulo disse que a Andrade Gutierrez entregou planilha, detalhando as doações e vinculando à participação da empreiteira em contratos de obras públicas. O telejornal Bom Dia Brasil, da Rede Globo, confirmou que a delação vai indicar que doações legais, mas fruto de propinas, foram usadas nas campanhas do PT e PMDB em 2010, 2012 e 2014. E que, como informa a Folha de S. Paulo, a empreiteira pagou propina para ter obras em estádios da Copa do Mundo:  no Maracanã, no Rio, na Arena da Amazônia, em Manaus, e no Mané Garrincha, em Brasília. Também consta no depoimento, segundo a reportagem, que a obra da usina de Belo Monte, da qual a Andrade fez parte, envolveu pagamento de propina para os dois partidos. Ainda de acordo com o jornal, a negociação para estruturar o esquema teve participação dos ex-ministros Antonio Palocci e Erenice Guerra. A delação ainda não foi homologada pelo Supremo Tribunal Federal. A expectativa é que a homologação saia nos próximos dias. Palloci nega envolvimento. A defesa também manifestou estranheza que o suposto pedido de doação para 2010 esteja relacionado ao consórcio, contratado apenas em fevereiro 2011 e cuja obra só começou no segundo semestre daquele ano. A Andrade Gutierrez afirmou que não vai comentar. O Bom Dia Brasil procurou a assessoria da ex-ministra Erenice Guerra, mas não havia conseguido contato. Fonte: G1

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