Ao invés de muros... pontes...
bethlandim 15/04/2016 22:30

Triste realidade vivemos ao vermos muros levantados separando o povo brasileiro, como está acontecendo em Brasília...

Ao invés de muros deveríamos construir pontes... O “e” ao invés do “ou”, e contra a política separatista, a política do rico contra o pobre, do trabalhador contra o empreendedor e empresários... Afinal somente a unidade e construção via educação podem fazer de nós, povo da nação brasileira, um povo consciente e unido em prol de um único país, Brasil... e não de pessoas e de um grupo! Em meio a tantas as crises por que estamos passando, tudo parece turvo...

Crise política, crise econômica, crise de valores, crise ética, epidemia de dengue, que associada a zika e chikungunya, chega ao nível de uma calamidade! Sim, calamidade por que falamos de seres humanos! Todas as outras crises iremos vencer! Estamos passo a passo neste caminho e dependerá também de nosso grau de cultura e educação, de nossa vontade de exercermos nosso direito de cidadania que não se exaure nas urnas, mas permanece diariamente e só pode ser alimentado através da Educação e de nossa cidadania nos manifestando, atuando e fiscalizando todos os dias. Vivemos graves crises do mosquito Aedes Aegypti e da H1N1.

Sim, somos reféns de um mosquito, símbolo insignificante, talvez representante legítimo de todas as crises. Porém, é hora de unirmos esforços, pois as crianças que estão nascendo com microcefalia, jamais terão suas vidas normalizadas. As seqüelas permanecerão. E isto é gritante, pois estamos falando de Vidas! E neste sentido temos que gritar por uma Saúde Pública que num esforço conjunto e numa força tarefa, enfrentem continuamente e com todas as armas a luta contra o Aedes Aegypti em nosso país.

No ISECENSA iniciamos em março desse ano, o Projeto Zero Aedes que tem como objetivo desenvolver ações voltadas para a conscientização da população e busca ativa de focos do mosquito transmissor, com uma série de iniciativas já realizadas, como atuação pelo curso de Enfermagem na Comunidade Tamarindo, mobilização dos acadêmicos, dramatizações, pesquisas e identificação de vários focos na comunidade.

A programação envolveu ainda a reprodução de possíveis focos e criadouros de mosquitos, além da exposição com microscópio e reprodução de larvas, em lupa de aumento, na TV em tempo real, em nossa Instituição, para conscientização de todos os alunos.

O curso de Administração realizou uma Exposição de Fotos dos focos de dengue, em Campos e entorno, além de realizar palestras utilizando a prática DDS – Diálogo Diário de Segurança - com o tema “Zero Aedes”.

Enfim, várias disciplinas, professores e alunos das Graduações e Pós-Graduações participaram deste projeto. Realizamos nos dias 4 e 5 de abril um Curso de Capacitação intitulado "Conhecer para prevenir" que foi direcionado aos acadêmicos e profissionais de saúde, além da participação de todos os alunos do ISECENSA. O evento lotou o auditório nas duas noites e teve como palestrantes Dra. Marílvia Dansa, Dr. Gustavo Figueiredo, Dra. Roberta Lastorina e Dra. Yonara Cherene, contando ainda com a participação da Dra. Maria das Graças Freire, bióloga e coordenadora do CPPG, da Coordenadora do Curso de Enfermagem Aline Marques e de Dra. Carolina Magalhães, bióloga e professora do ISECENSA. Temos consciência da nossa responsabilidade social e, diante da epidemia de Dengue, Zika e Chicungunya que o país sofre, não podíamos nos omitir. Estamos cientes de que ainda temos muito trabalho pela frente e que as ações estão apenas começando, porém além de conscientizar a população, nossa intenção é formar agentes multiplicadores no combate ao mosquito.

A ideia é mobilizar a comunidade acadêmica para a gravidade e urgência do combate e prevenção à epidemia! Este projeto terá continuidade em sua quarta fase - Projeto Zero Aedes: para além dos muros que terá início no final deste mês, através de diversas atividades programadas com os nossos alunos e colaboradores, além dos muros da Instituição, com o objetivo maior de conscientizar cada vez mais a população sobre a grave epidemia instalada em nosso país. Nesta ocasião, os alunos dos diversos cursos de Graduação do ISECENSA farão entrevistas in loco e registrarão os resultados on line, utilizando a plataforma Survey Monkey, além de fazer os registros fotográficos de todas essas atividades. Após esta fase serão feitas as análises estatísticas dos resultados e a publicação em revistas de impacto social.

E se pararmos para pensar, nada na vida deve ficar estagnado, pois até a água apodrece...

Portanto cabe a sociedade civil e a cada família estar em vigília, em primeiro lugar com “seu quintal”, depois no vizinho, na rua, no bairro, na cidade, no estado, no país! Não podemos permitir uma geração crescente de seres humanos, infectados por uma doença ainda no ventre materno. É grave demais, é trágico demais! Não podemos ficar de braços cruzados! Comecemos pelo nosso quintal, pelas nossas atitudes e em conjunto com a crise da dengue, que possamos com mais este sofrimento, termos um aprendizado de cidadania, onde o voto não se encerra na urna, mas é exercido diariamente. Que possamos combater com cidadania todas as crises, sendo conscientes de nosso papel ininterruptamente para o nosso país. Unir o Brasil em um uníssono projeto, limpá-lo em todos os sentidos das epidemias em que vivemos... e ao invés de construir muros... que possamos construir pontes...

Com afeto,

Beth Landim

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