Por Dariany Silgom*   Um mar de gente nas ruas, um mar de lama no poder. De um lado uma avalanche verde e amarela ostentando a bandeira auriverde, seu estandarte. Do outro, uma multidão colorada exibindo as cores de um partido, empunhando bandeiras de estrelas, sua insígnia. Coxinhas! --- Gritam os moços vestindo camisas de CheGuevara. Petralhas!--- Respondem os "coxinhas". Braços para cima, mãos fechadas, socos no ar e a multidão vermelha alerta:--- Não vai ter Golpe!   A propósito, significado da palavra golpe: substantivo masculino; 1.choque de um corpo com outro, que resulta em impacto (de pequena ou grande intensidade). Golpeado estamos todos nós, enquanto nação, no meio de tanto mensalão, petrolão, lavo jato e tantos outras rimas para corrupção. No Planalto Central, nos Estados, municípios, na saúde pública, educação... É tanto jeb de direita e gancho de esquerda, que, dobrando os joelhos, tonto sem saber de onde partiu o murro, o povo beija a lona várias vezes.   Vai a nocaute no supermercado, quando o salário mal compra o básico. Vai a nocaute quando paga impostos absurdos. Vai a nocaute quando se torna estatística na lista do desemprego. No ringue da luta entre poderes, o povo sempre leva a pior. É massa de manobra tanto de um lado, quanto do outro. Toma "porrada" no lugar de quem realmente a merece e no arroz com feijão do dia a dia, encontra forças para sobreviver. Essa é a  nossa história recente. Um ringue, no meio do picadeiro de um circo chamado Brasil, onde o povo é um palhaço triste, que, apenas chora e não faz rir. *Dariany é jornalista