Veja a lista da Odebrecht que mostra Rosinha e outros 200 políticos
Alexandre Bastos 23/03/2016 12:42

rosinha lista

Documentos apreendidos pela Polícia Federal listam possíveis repasses da Odebrecht para mais de 200 políticos de 18 partidos políticos. É o mais completo acervo do que pode ser a contabilidade paralela descoberta e revelada ontem (22) pela força-tarefa da Operação Lava Jato. Entre os políticos estão Rosinha, Clarissa, Garotinho, Dr. Aluízio, Pezão, Cabral, Paes e Eduardo Cunha.

Em seu blog o ex-governador Anthony Garotinho disse que tem "as mãos limpas" e que se trata de uma "doação legal" (aqui). O mesmo argumento utilizado por Eduardo Cunha.

As planilhas estavam com Benedicto Barbosa Silva Júnior, presidente da Odebrecht Infraestrutura, e conhecido no mundo empresarial como “BJ''. Foram apreendidas na 23ª fase da operação Lava Jato, batizada de “Acarajé”, realizada ontem.

Como eram de uma operação de 1 mês atrás e só foram divulgados públicos ontem (22) pelo juiz federal Sérgio Moro, os documentos acabaram não sendo mencionados no noticiário sobre a Lava Jato.

Os documentos relacionam nomes da oposição e do governo: são mencionados, por exemplo, Aécio Neves (PSDB-MG), Romero Jucá (PMDB-RR), Humberto Costa (PT-PE) e Eduardo Campos (PSB), morto em 2014, entre vários outros.

A apuração é dos repórteres do UOL André Shalders e Mateus Netzel.

Eis exemplos de planilhas apreendidas (clique nas imagens para ampliar):
tabela-benedicto

Uma das tabelas de Benedicto Barbosa Jr, o BJ, da Odebrecht

Planilha-BJ-Odebrecht

Na planilha, Renan é “atleta''; Eduardo Paes, “nervosinho''; Sérgio Cabral, “próximus''.

 

A maior parte do material é formada por tabelas com menções a políticos e a partidos.

Várias dessas planilhas trazem nomes, cargos, partidos, valores recebidos e até apelidos atribuídos aos políticos.

Algumas tabelas parecem fazer menção a doações de campanha registradas no TSE. Há CNPJs e números de contas usadas pelos partidos em 2010, por exemplo.

Parte significativa da contabilidade se refere à campanha eleitoral de 2012, quando foram eleitos prefeitos e vereadores. As informações declaradas no SPCE (Sistema de Prestação de Contas Eleitorais, do TSE) desse ano não correspondem às dispostas nas tabelas. Na planilha acima, por exemplo, as siglas OTP e FOZ aparecem assinaladas ao lado de diversos candidatos, mas nem Odebrecht TransPort nem Odebrecht Ambiental (Foz do Brasil) realizaram doações registradas naquela eleição.

Em 2012, a Construtora Norberto Odebrecht doou R$ 25.490.000 para partidos e comitês de campanha e apenas R$50 mil para uma candidatura em particular –a de Luiz Marinho, candidato do PT à prefeitura de São Bernardo do Campo (SP).

Em 2014, a soma de doações da construtora foi de R$ 48.478.100, divididos entre candidaturas individuais e comitês dos partidos. Em 2010, o total foi de R$ 5,9 milhões, apenas para partidos e comitês de campanha.

APELIDOS Eis alguns apelidos atribuídos aos políticos nos documentos da Odebrecht, vários com conteúdo derrogatório: Jaques Wagner: Passivo Eduardo Cunha: Carangueijo Renan (Calheiros): Atleta José Sarney: Escritor Eduardo Paes: Nervosinho Humberto Costa: Drácula Lindbergh Farias: Lindinho Manuela D’Ávila: Avião

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O material da Odebrecht é farto em nomes da oposição.

NTEGRA DOS DOCUMENTOS Clique aqui para saber em qual documento e página cada político é mencionado. Depois, escolha o arquivo correspondente na lista abaixo: Arquivo 1 Arquivo 2 Arquivo 3 Arquivo 4 Arquivo 5 Arquivo 6 Arquivo 7 Arquivo 8 Arquivo 9 Arquivo 10 Arquivo 11 Arquivo 12

O blog do Arnaldo Neto publicou nota sobre a aparição da prefeita na lista: aqui 

A cobertura completa você confere na edição desta quinta-feira (24) da Folha da Manhã.

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