O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva aceitou ser ministro da Casa Civil e ocupará a vaga de Jaques Wagner. Com a entrada no governo, Lula passa a ter foro privilegiado. Com isso, ele será julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e não mais pelo juiz de primeira instância Sérgio Moro. Outro objetivo do petista, ao assumir o cargo, é tentar barrar o impeachment de Dilma no Congresso. Ele já havia começado a se movimentar, buscando especialmente o apoio do PMDB.
Foram quase três horas de reunião com a presidente Dilma Rousseff, no Palácio da Alvorada, para discutir a nomeação. A informação foi confirmada, em nota do Planalto, na tarde desta quarta-feira (16).
Na terça-feira (15), Lula já tinha se reunido, no Palácio da Alvorada, por mais de quatro horas, com a presidente Dilma e na manhã desta quarta voltou ao palácio, por volta das 9h. Os ministros da Casa Civil, Jaques Wagner, da Fazenda, Nelson Barbosa, da Educação, Aloizio Mercadante, e Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo) também participaram do encontro.
A possibilidade de Lula ser nomeado ministro de Dilma repercute entre deputados favoráveis e contrários ao governo. O anúncio seria feito na terça, só foi adiado (
aqui) devido à revelação do conteúdo da delação premiada do senador Delcídio Amaral. Os petistas apoiam a chega de Lula por conta da habilidade política do ex-presidente, enquanto os oposicionistas classificam a hipótese como tentativa de blindá-lo das investigações da Operação Lava Jato.
Mudanças - Jaques Wagner deixa a pasta para dar lugar a Lula e assumirá a chefia de gabinete da presidente Dilma. Edinho Silva (Comunicação Social) também poderá trocar de ministério, segundo fontes que têm participado das negociações. Outra mudança pode ser a saída de AlexandreTombini do Banco Central.
Com O Globo e Agência Brasil