A presidenta Dilma Rousseff afirmou, nesta sexta-feira (11), que não vai renunciar ao cargo. A declaração de Dilma acontece às vésperas de manifestações em todo o país contra o seu governo, marcada para domingo (13). A crise política do país atinge o Palácio do Planalto e a alta cúpula petista — com o pedido do Ministério Público de São Paulo de prisão preventiva do presidente Lula (
aqui) e sua condução coercitiva na 24ª fase da Lava Jato (
aqui).
— Vocês acham que eu tenho cara de estar resignada e renunciar? Vocês acham que eu tenho gênio para me resignar e renunciar? Eu não estou resignada diante de nada e não tenho essa atitude diante da vida. Acho que essa onda de boatos não contribui e cria uma crise política negativa para a economia brasileira. Temos todas as condições de fazer a retomada. Pelo menos testemunhem que eu não tenho cara de quem vai renunciar — afirmou a presidente, em entrevista coletiva após reunião com reitores dos institutos federais de Educação, Ciência e Tecnologia no Palácio do Planalto.
Dilma também pregou respeito à Constituição. “Ninguém tem o direito de pedir a renúncia de uma presidenta legitimamente eleita. Não sairei deste cargo sem que haja motivo para tal. Quem quer a minha renúncia tem que respeitar a Constituição. Solicitar a minha renúncia é reconhecer que não há base legal (para o impeachment)”, disse Dilma, após reunião com reitores dos institutos federais de Educação, Ciência e Tecnologia no Palácio do Planalto.
A Câmara dos Deputados aceitou em dezembro o pedido de abertura de processo impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff.
*Com Agência Brasil