Polêmica cirúrgica em São João da Barra
Arnaldo Neto 03/02/2016 15:28
[caption id="attachment_4655" align="alignleft" width="261"]André Fontoura diz que procedimento foi normal e, no Facebook, disse que tudo não passa de "politicagem barata" André Fontoura diz que procedimento foi normal e, no Facebook, disse que tudo não passa de "politicagem barata"[/caption] Uma paciente de São João da Barra usa as redes sociais para manifestar sua indignação por não conseguir uma cirurgia no punho, no início do mês, indicada como de urgência. O vídeo ganha grande visibilidade e outro médico a procura oferecendo ajuda. O médico em questão é o endocrinologista André Luiz Neto Fontoura (PPS), um dos nomes em uma lista de pré-candidatos a vice na chapa que deve ser encabeçada por Carla Machado (PT) na disputa pela Prefeitura. A paciente, então, é levada para o Hospital São José do Havaí, em Itaperuna, e passa por procedimento realizado pelo médico André Tavares. Final feliz? Não! Só o começo da novela. A filha da paciente usou seu perfil numa rede social para expor a descoberta da mãe que foi sedada para passar por procedimento cirúrgico, mas o mesmo não haveria sido realizado. A filha da paciente falou que a mãe foi enganada e que tudo não passava de “politicagem”. “Tudo isso por voto? Por eleição? #revoltada”, escreveu a filha. Daí a polêmica ganhou forma: a paciente foi ou não operada. Em longa matéria, a versão online do jornal Quotidiano (aqui) traz todos os detalhes do caso. A paciente, acreditando ter passado por procedimento cirúrgico teria ficado com os dedos roxos e resolveu tirar o gesso. Então, teria começado a desconfiar que não houve nenhuma cirurgia. De acordo com o jornal de SJB, “a paciente foi consultada nessa terça-feira (02) pelo Dr. Jamil no Centro de Emergência de São João da Barra que confirmou: ‘Nada foi feito na mão dela. Continua do mesmo jeito de quando vi mês passado’”. A paciente informou que vai processar os médicos. Em contato com o blog, o médico André Fontoura enviou laudos assinados pelo ortopedista responsável pelo procedimento. Nele, contradizendo a versão da paciente, o ortopedista diz que não houve cirurgia e que ela foi avisada sobre o procedimento. “A paciente foi avisado desde o início que não foi necessário o tratamento cirúrgico, sendo optado pelo tratamento conservador com redução incruenta e gesso. A paciente foi acusada que deveria me procurar com 15 dias no ambulatório para seguir o tratamento. Ficou ciente que qualquer complicação junto ao gesso (caso o gesso pudesse apertar) ela deveria me procurar. Quando a paciente decidiu retirar o gesso por conta própria ela comprometeu todo o tratamento é todo o procedimento foi perdido voltando à estaca zero”, consta no documento assinado por André Tavares. Após toda essa novela, a Prefeitura ainda vai agendar o procedimento cirúrgico para a paciente.

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