Mais eficiência para a economia
02/01/2016 17:01

Marcos Curvello e Simone Barreto
Fotos: Folha da Manhã

Assim como os demais aspectos da gestão política de Campos, o gerenciamento da condução da economia municipal — que polariza a região e tem relevância para todo o Estado na medida em que o Rio de Janeiro produz 74% do petróleo nacional — também carece de princípios.

Diretrizes que ajudem a manter a agricultura como fonte de receita relevante no PIB do Estado, a preservar vocações econômicas históricas do município, como a canavieira e a ceramista, e também as mais recentes, o mercado imobiliário e o turismo de negócios. Que oportunizem crescimento do setor de serviços e da agricultura familiar, que estimulem a indústria e abram espaço para o desenvolvimento tecnológico, que explorem o potencial da natureza regional e viabilizem a criação de um calendário turístico sólido e com eventos de qualidade.

Para tudo, isso, porém, apontaram os diversos entrevistados da série “Princípios para Campos” é necessário eficiência. Seja no trânsito, pelo qual circulam turistas, seja na abertura de empresas, através da qual os empreendedores geram empregos. Eficiência no gerenciamento dos recursos dos royalties, que parecem não serem suficientes, na otimização da máquina pública, ralo de recursos, e no diálogo entre a municipalidade, a iniciativa privada e o ensino público superior, com troca de know how para criação soluções integradas.

• Implantação de uma política de habitação consistente e longeva, que beneficiaria a indústria da cerâmica;
• Fortalecimento da produção de matéria prima para a indústria sucroenergética;
• Integração ao planejamento estadual e federal para melhor aproveitar oportunidades de investimento;
• Trabalhar para atrair novas empresas, sem se esquecer das indústrias já instaladas;
• Apoio a entidades como a Incubadora de Empresas de Base Tecnológica, instalada na Uenf, e o Parque Tecnológico do Norte Fluminense;
• Criação da secretaria de Ciência e Tecnologia e destinação de orçamento próprio ao Fundo Municipal de Inovação tecnológica;
• Desburocratização da abertura de empresas e aumento da oferta de crédito;
• Padronização, simplificação, treinamento de servidores e integração entre secretarias para agilizar obtenção de licenças e acompanhamento de processos;
• Investimento em infraestrutura e na qualificação da mão de obra do município, para aumentar a competitividade da cidade e melhoram o padrão de vida dos cidadãos.
• Calendário comercial de feriados anuais.
• Transporte público eficiente;
• Trânsito com maior fluidez;
• Conclusão da revitalização do Centro;
• Redução de carga tributária;
• Direcionar mais tecnologia para agricultura;
• Capacitação profissional para o campo;
• Fortalecimento político do setor;
• Manter programas sem que sofram com a mudança de governo ou de liderança;
• Limpeza programada e contínua da malha de canais;
• Manutenção frequente das comportas de canais;
• Investir na agricultura para geração de receita;
• Mais dotação orçamentária para a pasta de agricultura;
• Programas permanentes para apoio do produtor rural;
• Fortalecer a agricultura familiar para tornar o município auto-suficiente em abastecimento de alimentos;
• Poder público deve priorizar aquisição de produtos locais.
• Qualificar o setor terciário;
• Poder público deve concentrar compras públicas de serviços locais.
• Melhorar a logística da cidade, especialmente em pontos de crescimento de negócios, como o Parque Leopoldina, que recebeu o Shopping Boulevard, o que valorizaria a venda de imóveis;
• Investir na infraestrutura de áreas nobres, como a Pelinca, que sofre com alagamentos quando chove;
• Investir em obras estruturais, para ter retorno em IPTU e ITBI;
• Implantar gestão participativa, que contemple entidades como Acic, CDL e Firjan;
• Trabalhar junto a empresas de Campos e região, para manter o dinheiro circulando no município e nas cidades próximas;
• Baratear IPTU e IPVA para atrair novos moradores;
• Investir na aparência da cidade (como o Cais da Lapa) e na criação de comodidade para seus moradores;
• Investir em parcerias público-privadas;
• Investir em infraestrutura urbana para beneficiar o setor hoteleiro, dotando a cidade de mais mobilidade, serviços de transporte de qualidade e segurança;
• Criar alternativas ao turismo de negócios, do qual a cidade está dependente hoje, valorizando a história, o acervo religioso e os atrativos naturais do município;
• Consolidar um calendário de eventos de apelo mais que regional;
• Investir em know how na área de turismo.
• Estruturação de um projeto Público-Privado (PPP)
• Criar parcerias com o setor industrial para mantê-lo competitivo;
• Reduzir impostos como ISS e taxa de alvará;
• Criar política de desenvolvimento local;
• Acolher o setor produtivo e a academia na gestão pública;
• Investir no capital intelectual regional.
• Melhoria do terminal de embarque e desembarque;
• Readequação ao uso da pista de táxi;
• Melhoria da sala de espera e do estacionamento, que não comportam o número de passageiros diários;
• Aumento da segurança para petroleiros, que não embarcam no terminal de passageiros, mas em um hangar movimentado;
• Realfandegamento do aeroporto e instalação de um terminal de cargas.
• Diminuir cargos de confiança e banir emprego por indicação política na estrutura do município, seja por agentes do executivo, seja do legislativo;
• Enxugar gastos com terceirizações, que não devem ser usadas em funções para as quais a lei destina concursados;
• Investir em concursos públicos, para dotar o estado de funcionários qualificados e comprometidos;
• Normatizar a carreira dos concursados;
• Estimular a criação de um novo modelo econômico, que não dependa tanto da oferta de empregos ligados à administração municipal;
• Investir em educação de base e qualificar os funcionários que já estão dentro da máquina pública;
• Deixar a sociedade empreender e gerar riqueza, criando uma burocracia bem treinada e apta a colocar em prática políticas públicas de qualidade, com apoio do saber universitário;
• Integrar funções macro, como finanças, planejamento, administração; e funções setoriais essenciais, como Saúde, Educação, Infraestrutura Urbana, Bem-Estar Social e Desenvolvimento Econômico;
• Planejar, desenhar e executar políticas públicas integradas, em todas essas áreas, acabando com projetos, ações e atividades pulverizadas, paralelas e superpostas.

Leia também: Propostas para futura gestão, Mais planejamento nos serviços, Mais incentivo para os jovens e Mais diálogo

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