Juiz que mandou Pezão pagar servidores atuou em Campos
Suzy 29/01/2016 00:52
O juiz que concedeu liminar e determinou que o Estado pague a todos os servidores — na ativa, inativos e pensionistas — até o segundo dia útil de fevereiro é um velho conhecido dos campistas. É Leonardo Grandmasson, que atuou na 1 Vara Cível e também na 100 Zona Eleitoral de Campos. Na Eleitoral, atuou até em caso envolvendo a primeira cassação da prefeita em 2010. Na eleição de 2008, a juíza Márcia Alves Succi indeferiu o registro de Arnaldo Vianna, então candidato a prefeito. Por ele não ter registro, o juiz Grandmasson extinguiu ação da coligação de Arnaldo contra Rosinha por entender que o candidato não teria legitimidade. Confira no Ponto de Vista, de Christiano Abreu Barbosa. Grandmasson é de uma família de advogados. Seu irmão, Guilherme Grandmasson, inclusive, é (ou foi) advogado dos Garotinho em várias ações na Justiça Eleitoral. Saiba mais sobre a polêmica do pagamento dos servidores No fim de dezembro, o governador Luiz Fernando Pezão alterou o calendário de pagamento dos servidores, transferindo-o para o sétimo dia útil do mês, com o objetivo de facilitar o fluxo de caixa. Com isso, o próximo depósito seria feito após o carnaval. Mas, em seu despacho, o juiz Leonardo Grandmasson determinou uma multa pessoal a Pezão de R$ 50 mil por dia de atraso no depósito. Além disso, o magistrado ordenou que, se não for pago integralmente o 13º salário dos funcionários do Executivo — o vencimento foi parcelado em cinco vezes em dezembro —, o governador seja multado em R$ 300 mil. O juiz destacou que, embora o estado enfrente uma crise, concedeu subsídio de R$ 39 milhões à SuperVia, deve gastar R$ 19 milhões na reforma do Palácio Guanabara e deu isenções fiscais que somam perdas, segundo ele, de mais de R$ 8 bilhões para o triênio 2016-2018. Pelo segundo mês consecutivo, o pagamento dos salários do Judiciário cria um impasse entre o governador e o Tribunal de Justiça. O mal-estar se agravou anteontem, quando o Órgão Especial do TJ rejeitou o pedido de Pezão para que o fundo do tribunal emprestasse recursos ao estado, a fim de garantir o depósito dos salários referentes a janeiro. A quantia seria ressarcida pelo Executivo até o sétimo dia útil de fevereiro. Diferentemente do TJ, o MP aceitou o acordo proposto por Pezão. O órgão anunciou ontem que os salários de procuradores, promotores e demais servidores serão pagos hoje, com recursos orçamentários disponíveis em seu caixa. Os valores serão devolvidos ao MP no sétimo dia útil de fevereiro.

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