Não basta mudar, tem que transformar
José Paes 04/01/2016 08:49

Enfim, 2015 chega ao fim. Um ano de grave crise financeira e política, em âmbito nacional, estadual e municipal. Muitos dirão que é um ano para se esquecer, outros dirão que foi um ano perdido. Ouso, discordar. 2015 definitivamente não foi um ano perdido, mas sim um ano de muitas lições, de muitos aprendizados, constatações e que não deve ser esquecido, muito pelo contrário, deve ficar bem vivo em nossas memórias.

Com relação a Campos, foi possível conhecer a verdadeira face desse governo, que para muitos - não para mim – ainda era desconhecida. No momento de crise, ao invés de reconhecerem os seus erros, enxugarem a máquina, renegociar dívidas e priorizar áreas fundamentais do governo, como saúde e educação, optaram por penalizar a população, repassando à sociedade os custos da sua má administração.

Fizeram o possível e o impossível e venderam nosso futuro outra vez, deixando dívidas para as futuras administrações campistas pagarem, algo absurdo para uma cidade que se acostumou a orçamentos bilionários. Agora, no apagar das luzes, sorrateiramente, impuseram a aprovação de um novo código tributário, sem ao menos terem a dignidade de dialogar com a sociedade civil. Um código repleto de inconstitucionalidades, que majora de forma abusiva inúmeros tributos, justamente no momento em que a população está sufocada pela crise financeira.

É por essas e muitas outras que 2015 não pode ser esquecido por nós. É preciso ficar bem vivo em nossas memórias quem são os responsáveis pelo caos que se instalou em nossa cidade. É preciso ficar bem claro que 2015 foi apenas um ano de colheita de tudo aquilo que foi plantado nas duas últimas décadas, por todos os governantes que aí passaram, todos eles discípulos do jeito Garotinho de governar.

Felizmente, 2016 vem chegando. Ano de demonstrar nas urnas toda a insatisfação estampada na cara dos campistas. A hora da mudança que tanto se propaga nas ruas. Mas é preciso tomar cuidado. Não basta trocar seis por meia dúzia. Você pode manter o grupo que aí está, travestido em um novo nome, ainda não escolhido. Pode optar pelo passado, cujo modo de governar não difere muito do que aí está. Pode apostar no lobo em pele de cordeiro. Ou então pode confiar no novo, em quem nunca esteve do lado de lá, em quem efetivamente tem algo diferente a nos propor. Não me parece ser muito difícil escolher entre essas opções, não é mesmo?

Enfim, caros leitores, chegou o ano em que podemos começar a fazer diferente, em que podemos fazer a diferença, em que podemos começar a transformar a nossa cidade. É o ano de sermos os protagonistas do nosso futuro e de colocar no seu devido lugar quem tanto mal nos fez em 2015.

Artigo publicado na versão impressa da Folha do dia 31/12/2015.

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