Da gastança ao estado de emergência
Alexandre Bastos 25/01/2016 11:38

ponto final

Da gastança ao estado de emergência (I) 

Em junho de 2014 o então deputado federal Anthony Garotinho (PR) liderava a corrida pelo governo do estado e o município de Campos vivia um momento de fartura, com o maior orçamento da sua história (R$ 2,4 bilhões) e previsão de melhoria na arrecadação própria. Naquele ano, durante audiência pública na Câmara de Campos, para debater a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), o então subsecretário de Orçamento e Auditoria, José Alves de Azevedo Neto, destacou o excelente momento financeiro e listou investimentos que seriam feitos.

Da gastança ao estado de emergência (II)

Logo após a derrota eleitoral de Garotinho, que nem conseguiu chegar ao segundo turno, “acabou-se o que era doce”. No final de 2014, mesmo com o maior orçamento da história, o governo Rosinha precisou antecipar R$ 250 milhões, pagando R$ 50 milhões de juros. No final do ano passado, mais um empréstimo, dessa vez de R$ 200 milhões, com juros na casa dos R$ 107 milhões, que serão pagos até 2020. Ou seja, a conta ainda vai ficar para o próximo governo.

Da gastança ao estado de emergência (II)

Agora, no início de 2016, a prefeita Rosinha Garotinho (PR) lista uma série de motivos para decretar estado de emergência econômica e cortar contratos, convênios e até estatutários, sem mexer nos comissionados e no próprio salário. Tudo isso nos remete àquela fábula da cigarra e da formiga. Nos tempos de fartura, a nossa Prefeitura agiu como a cigarra, cantando e esbanjando. Agora, na hora da crise, os cidadãos são as formiguinhas, que trabalharam duro e ainda terão que bancar a farra da cigarra.

Notas publicadas na coluna "Ponto Final" desta segunda-feira (25) 

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