Rafael Diniz: "Não basta querer mudar, é preciso fazer parte da mudança"
Alexandre Bastos 08/01/2016 12:38

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Em artigo publicado na edição desta sexta-feira (08) da Folha da Manhã, o vereador Rafael Diniz (PPS) comenta sobre a iniciativa do Grupo Folha, que entregou aos pré-candidatos uma relação de matérias com opiniões de especialistas sobre alternativas para as futuras gestões (aqui), e destaca a importância de uma nova mentalidade, com a união de quem deseja uma cidade menos dependente dos royalties e de políticos que se colocam como "salvadores da pátria". Confira:

"Novos caminhos 

O município de Campos inicia o ano de 2016 vivendo a maior crise das últimas décadas. Mesmo com mais de R$ 13 bilhões nos últimos sete anos, o grupo político que está no poder foi incapaz de diversificar a nossa economia e tornar a cidade menos dependente dos royalties. O mesmo grupo que, em 2008, apresentou a “candidata da mudança”, chega ao ano de 2016 com uma Prefeitura quebrada e pagando juros por empréstimos milionários que comprometem as futuras gerações.

Mas o que podemos fazer para enfrentar este quadro caótico? Ontem, a Folha da Manhã deu um passo importante ao reunir pré-candidatos e entregar um relatório com opiniões de especialistas sobre dificuldades e caminhos para os próximos gestores nas mais variadas áreas. Como disse o jornalista Ricardo André Vasconcelos em artigo publicado na Folha, “não basta trocar os gestores, mas os métodos de gestão definidos a partir de princípios pré-estabelecidos, objetivos definidos: honestidade e transparência na gestão dos recursos públicos para promoção da cidadania”.

Ao me colocar como pré-candidato à Prefeitura de Campos, entendo que são muitos os desafios que teremos pela frente, mas não poderia deixar de me juntar aos campistas que estão cansados de figuras que se acham donas desta terra. Campos não é de um grupo político, de uma família, ou de um partido. Os recursos da Prefeitura não podem continuar sendo utilizados sem debate e transparência. Infelizmente, temos em Campos um governo que gastou R$ 80 milhões com um Cepop e não concluiu a obra do Hospital da Baixada, cuja obra começou em 2011. Temos uma “Cidade da Criança” de R$ 17 milhões e muitas vezes falta leite especial para crianças com alergia alimentar. Na mesma cidade do Valão iluminado (R$ 20 milhões), o governo deixa de pagar a empresa que presta serviços de home care e pacientes correm risco.

A iniciativa da Folha abre espaço para que representantes dos mais variados segmentos, além de associações de moradores e cidadãos, de uma forma geral, elaborem novas propostas e discutam abertamente com os políticos que desejam governar o nosso município. Os campistas merecem um debate em alto nível, que vá além da política raivosa de quem se acha dono desta terra. Como escreveu Bertolt Brecht em uma de suas peças: “pobre do povo que precisa de heróis”. Hoje, nossa força está na capacidade de unir os cidadãos que desejam uma cidade melhor para as futuras gerações. E não basta apenas querer mudar, é preciso fazer parte da mudança". 

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