De olho nos "laranjas"
Alexandre Bastos 06/01/2016 23:46

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Na próxima terça-feira (12), a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e a Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) realizarão um evento em Brasília para lançar campanha contra o uso do caixa 2 nas eleições de 2016. A disputa municipal será a primeira sem o financiamento empresarial. Por isso mesmo, os representantes da Ordem e da CNBB dizem estar preocupados em monitorar os gastos “fora da curva” feitos por candidatos. Um dos focos dessa vigília é denunciar as doações generosas demais aos candidatos. Isso porque o dinheiro que, antes era irrigado por empresas, pode vir a ser transferido por “laranjas” com CPFs.

Ministro alertou sobre "jeitinho" - Em, setembro do ano passado, o ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes, votou contra proibir empresa de doar para campanha. Ele argumentou que a proibição não eliminaria o chamado "caixa 2", nome que se dá às contribuições não declaradas. Para Gilmar Mendes, as empresas poderiam doar distribuindo o dinheiro entre várias pessoas físicas (laranjas), escondendo a origem dos recursos. "Não é difícil obter os CPFs necessários para lavar os recursos de propina, que retornariam às campanhas como valores lícitos", disse. O ministro afirmou que a prática também dificultaria a fiscalização pela Justiça Eleitoral.

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