Nelson Nahim no "plano de guerra" do PMDB-RJ
Alexandre Bastos 10/12/2015 11:41
[caption id="attachment_37745" align="aligncenter" width="502"]Nahim faz parte da estratégia do PMDB na disputa pela liderança do partido na Câmara Federal Nahim, que é suplente e pode assumir cadeira, faz parte da estratégia do PMDB na disputa pela liderança do partido na Câmara Federal[/caption]

A destituição de Leonardo Picciani da liderança do PMDB deflagrou uma guerra entre as alas governista e oposicionista do partido. Como a coluna Informe do Dia antecipou ontem à tarde, o PMDB-RJ atua para aumentar o número de seus representantes na bancada federal: esses novos deputados terão a função de, com seus votos, fazer com que Leonardo, ligado ao Planalto, volte à liderança. O grupo que quer o impeachment de Dilma Rousseff reagiu e também começou a articular a volta para a Câmara de deputados que ocupam cargos em governos estaduais.

Filiações - A estratégia do PMDB-RJ inclui a volta de deputados que ocupavam secretarias (Marco Antonio Cabral e Pedro Paulo Teixeira) e a filiação de parlamentares e suplentes de outros partidos, entre eles, Nelson Nahim e Alexandre Serfiotis (ambos do PSD), Simão Sessim (PP), Altineu Cortês e Dr. João (ambos do PR).

Cargos - Há também um terceiro caminho: cargos no governo estadual e na Prefeitura do Rio estão sendo oferecidos a deputados de partidos que se coligaram ao PMDB em 2014 (a coligação elegeu 20 parlamentares). A saída deles da Câmara abre vagas para a ascensão de peemedebistas. Walney Rocha e Deley, ambos do PTB, deixaram a Câmara em troca, respectivamente, da Secretaria Municipal de Abastecimento e da Secretaria Estadual de Esportes.

Os articuladores - O reforço da bancada do PMDB-RJ tem sido liderado por Jorge Picciani (pai de Leonardo e presidente do PMDB-RJ e da Assembleia Legislativa), Pezão e Eduardo Paes. O prefeito tem um motivo adicional para se envolver na briga: se ficar mesmo de fora da liderança, Leonardo volta a ser um candidato potencial à Prefeitura do Rio.

Ameaça - O jogo é pra lá de pesado. Ao contrário de Marco Antonio Cabral, Pedro Paulo não reassumiu o mandato e voltou ontem cedo para o Rio. A ala oposicionista, ligada a Michel Temer, espalhou uma ameaça pelo Congresso: levará o caso da agressão à sua ex-mulher para o Conselho de Ética caso ele volte para a Câmara. Para disfarçar, a representação seria apresentada por parlamentar de algum partido nanico.

Fonte: Fernando Molica/O Dia 

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