Varadas n'água
Encaramos juntos esta pedreira , né parceiro? Não se pode negar que houveram uns bons momentos de inspiração, de boas notícias, de boas novas. Foram ocasiões de se tentar somar, sinalizar na direção, e no caminho do futuro. Foram também diversas " varadas n'água", ao indicar caminhada a lugar nenhum. Também muitas foram as ocasiões de afrontar o ruim e engolir em seco os que não desprezam o ilícito e se agarram ao ouro. De terrível mesmo, este cotidiano sentimento de inoperância, da impossibilidade de somar às soluções. Vimos muitas destas horas; não inertes, não sem espernear e gritar. O freio maior durante este intervalo de tempo, foram as muitas caminhadas solo, sem nem sequer um sopro de aconselhamento, de apoio e solidadriedade; felizmente intercaladas das muitas caminhadas com multidões em causas. É insistir, faz parte errar, não faz parte, se omitir.
Nas nuvens
Fizemos ilações, pedimos informações, indicamos soluções e, no final somos indagações! Foi tudo que estes muitos dias e meses nos permitiram, foi tudo que se pode ter. Mas sempre se chega ao fim. Vou apenas salvar em nuvens o que me pertence, o que me cabe de minha parca inspiração, reservar como combustível se houver um novo start. Fica este momento final para os geniais, para os perfeitos e os iluminados, colocarem suas crônicas retrospectivas, que chegam sempre ao final se sentindo supremas em exemplos, ensinamentos e sabedoria. Me ative a observar o nascimento, o desempenho e o ocaso de minhas quatro estações. No mais, o que somos: um amontoado de gente, preocupada com gente e, apaixonado por gente e seus movimentos. E, sempre, prevenidos e preocupados com gente que quer ser dono da razão, do mundo e da gente.
Fui
Desacelerando, reduzindo o ritmo, não resta muito o que contar de dias vindouros. Se agradei, fui ! Se incomodei, fui ! Se decepcionei, Fui ! Fui , começar de novo, recontar de novo. Meio sem Norte, totalmente sem rumo. Mas vamos ver o bicho que vai dar, e o que der , agente encara. Pois que, começar de novo é sempre a maior motivação.
Obrigado pela companhia, um abraço do velho,
Dois Mil e Quinze
Por Zé Armando Barreto