Em Minas: mortes e devastação ambiental
lucianaportinho 06/11/2015 12:01
Tragédia no distrito de Bento Rodrigues, em Mariana, na Região Central de Minas Gerais com o rompimento de duas barragens de rejeitos de mineração. As barragens pertencem à mineradora Samarco. O desastre que ocorreu na tarde de ontem (05), já teria matado cerca de 15 pessoas, 45 estariam desaparecidas. Estima-se em 2mil pessoas afetadas pela enxurrada de lama - certamente tóxica - mas ainda não há números oficiais de vítimas. O promotor de Justiça do Meio Ambiente, Carlos Eduardo Ferreira Pinto, coordenador do núcleo de Combate ao Crimes Ambiente, desabafou: "foi um acidente sem precedentes". Ainda segundo o promotor, as responsabilidades pelo acidente serão apuradas com rigor. Em depoimento ao G1, o trabalhador Andrew Oliveira, um dos sobreviventes da tragédia, relatou que "Na hora do almoço, houve um abalo, mas continuamos trabalhando normalmente. Depois por volta das 16h30, por aí assim, começou a praticamente ter um terremoto, mesmo, um terremoto”, afirmou Andrew salvo após pular de uma altura de quatro metros e correr para longe do local atingido. “Acho que foi Deus, Deus que deu coragem mesmo de a gente não parar de correr e de acreditar que eu podia ficar vivo".
[caption id="" align="aligncenter" width="543"]Rompimento da barragem de Fundão, em Bento Rodrigues, distrito de Mariana (Foto: Luis Eduardo Franco/TV Globo) Rompimento da barragem de Fundão, em Bento Rodrigues, distrito de Mariana (Foto: Luis Eduardo Franco/TV Globo)[/caption] Quem em Campos não se lembra do rastro do outro rompimento de um dique da mineradora Rio Pomba Cataguases Ltda, em Miraí (MG)? Há pouco mais de oito anos, em janeiro de 2007, provocou o vazamento de mais ou menos dois milhões de metros cúbicos (dois bilhões de litros) de lama misturada com bauxita e sulfato de alumínio no Rio Muriaé, um dos afluentes do Paraíba do Sul. Aquela lama tóxica chegou até nós também atingindo os municípios de Laje do Muriaé, Itaperuna, Italva e Cardoso Moreira. Quem em Campos não se lembra de tantos outros lamentáveis desastres ambientais anteriores a este último? Foi depois daquele vazamento de resíduos de metais pesados (cromo, cádmio, mercúrio e outras substâncias tóxicas) da Cia. Paraibuna de Metais, lá no início da década de 80 e que colocou o município de Campos como o de maior consumidor per capita de água mineral do país.
 fontes. Folha de São Paulo, G1
   

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