Resultado positivo reforça o momento operacional da companhia
Prumo registra 4º trimestre seguido com EBITDA positivo
A Prumo divulgou o resultado do 3º trimestre deste ano, e registrou o quarto período seguido com EBITDA=lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização, positivo. De julho a setembro deste ano, a companhia registrou R$ 55,2 milhões de EBITDA, graças ao aumento da receita com o início do contrato de
take-or-pay com a Anglo no final de 2014 e com novos contratos de aluguel de área e movimentação de cargas no Porto do Açu.
“Com mais de 150 embarcações recebidas neste ano no Porto do Açu, o início das operações do Terminal Multicargas (T-MULT) e os novos contratos comerciais e parcerias assinados ao longo deste ano, celebramos um novo momento para a Prumo. O Porto do Açu irá intensificar suas atividades em 2016 com o início da operação do terminal de petróleo, as atividades de distribuição de combustível marítimo e o início de operação da maior base de apoio offshore do mundo”, conta Eduardo Parente, CEO da Prumo.
Destaques
Entre os destaques do trimestre está a assinatura de contrato com a Votorantim Metais para a movimentação de bauxita e coque no Terminal Multicargas (T-MULT) do Porto do Açu. A 1º operação com bauxita ocorreu em agosto deste ano e a 2º foi concluída em 29 de outubro, totalizando 75 mil toneladas de bauxita carregadas nestas duas operações.
A Prumo também assinou contrato com a empresa alemã Oiltanking para a venda de 20% do Terminal de Petróleo (T-OIL) do Porto do Açu pelo valor de US$ 200 milhões. A Oiltanking também será responsável pelas operações do T-OIL. O terminal está licenciado para movimentar até 1,2 milhão de barris de óleo por dia, com capacidade para receber navios de grande porte do tipo VLCC (
very large crude carriers). Inicialmente serão realizadas operações de transbordo de petróleo, de navios tanques especializados para navios convencionais, reduzindo o frete de exportação em até 60%. A operação será realizada em área abrigada e com a proteção de barreiras de contenção, o que possibilita uma operação segura durante todo o ano.
Além disso, a Porto do Açu Operações (subsidiária integral da Prumo), assinou com a OSX CN o Contrato de Gestão, que prevê que a Porto do Açu gerencie a exploração comercial da área ocupada pela OSX CN no complexo portuário do Açu. O contrato, que conta com interveniência da Caixa Econômica Federal, confere exclusividade à Prumo para prospectar novos investidores dispostos a instalar empreendimentos voltados ou relacionados à indústria naval.
Outro destaque foi o alongamento da dívida de curto prazo da companhia, com a assinatura de acordo com os bancos Bradesco e Santander para repasses de financiamento do BNDES no valor de aproximadamente R$ 2,3 bilhões. O montante do financiamento será integralmente utilizado para liquidar empréstimos-ponte concedidos anteriormente pelo BNDES. O prazo do financiamento será de 18 anos, com 4 anos de carência e 14 anos de amortização. Os R$ 500 milhões restantes dos R$ 2,8 bilhões aprovados pelo BNDES, destinados à investimentos para a conclusão da obra do porto, serão repassados por um terceiro banco ainda a ser definido.
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Além disso, em outubro a Prumo realizou uma negociação com uma afiliada do grupo canadense Brookfield para a subscrição de US$ 200 milhões de títulos de dívida no exterior emitidos pela companhia. Os títulos foram emitidos pela Prumo Participações e Investimentos, subsidiária integral da Prumo Logística. Os Títulos de Dívida vencerão em 30 de setembro de 2022, com taxa de juros de 8,50% ao ano e um cronograma de amortização com parcelas trimestrais de juros e principal, com o pagamento da primeira parcela de juros em 31 de dezembro de 2015 e 1º pagamento de parcela principal em 30 de junho de 2016.
Ainda no trimestre, a Prumo anunciou que decidiu não prosseguir com a celebração dos contratos definitivos para desenvolvimento de um Hub de Gás no Porto do Açu, previstos no Memorando de Entendimentos firmado com a Bolognesi. No entanto, a empresa informou que continua avançando com os estudos e negociações relacionados ao Hub de Gás, especialmente em razão das vantagens competitivas do Porto do Açu decorrentes de sua localização e de sua infraestrutura já existente.
Resultado
De julho a setembro deste ano foram investidos R$ 282 milhões no Porto do Açu (não incluindo juros capitalizados), sendo R$ 59,7 milhões pela Ferroport e Anglo American, e R$ 222,3 milhões pela Prumo (pelas subsidiárias Porto do Açu Operações e Açu Petróleo S.A.), excluindo o valor investido pela Prumo no quebra-mar do T1, já contabilizado no Capex da Ferroport.
Do total de R$ 282 milhões investidos, R$ 30,1 milhões foram aplicados na construção do quebra-mar, R$ 18,5 milhões em dragagem e R$ 100,2 milhões no Terminal de Petróleo (T-OIL), todos no Terminal 1. No Terminal 2, foram investidos R$ 20,9 milhões no T-MULT, R$ 25,1 milhões no quebra-mar, R$ 64 milhões em obras de infraestrutura e R$ 17,1 milhões na BP Prumo, entre outros.
De 2007 até setembro de 2015 já foram investidos aproximadamente R$ 10,3 bilhões no Porto do Açu (incluindo juros capitalizados). Deste montante, R$ 3,9 bilhões foram aplicados pela Ferroport e Anglo American, e R$ 6,4 bilhões pela Prumo. O Capex estimado da Prumo para o ano de 2015 é de R$1 bilhão.
No 3º trimestre de 2015, a receita líquida consolidada foi de R$ 102,7 milhões. O incremento verificado, em relação ao mesmo período de 2014, refere-se principalmente aos novos contratos assinados no final de 2014, ao longo de 2015 e ao início das operações da Ferroport em outubro de 2014. Somente a receita líquida referente ao contrato de take-or-pay com a Anglo, totalizou R$ 75,1 milhões.
A Companhia fechou o terceiro trimestre com um saldo em caixa e equivalentes de R$ 96,8 milhões e com endividamento líquido de R$ 3,3 bilhões, incluindo os juros e atualização monetária. Com o refinanciamento da dívida com os bancos Bradesco, Santander e BNDES, a dívida financeira de curto prazo foi integralmente estendida para o longo prazo. Desta forma, o balanço da Companhia no próximo trimestre já irá refletir esta operação.
O resultado financeiro líquido consolidado no período foi negativo em R$ 95,9 milhões, impactado pelo início das operações, uma vez que parte das despesas financeiras deixaram de ser capitalizadas e passaram a transitar pelas demonstrações de resultado. As despesas financeiras foram de R$ 118,4 milhões, compostas principalmente de juros, corretagens e variação monetária. As receitas financeiras foram de R$ 22,5 milhões, compostas principalmente de juros sobre mútuo, rendimentos sobre aplicações financeiras e juros. O prejuízo líquido foi de R$ 36,7 milhões.
No Prumo do sucesso
A Prumo Logística desenvolve e opera o Porto do Açu. A empresa oferece soluções de infraestrutura para a indústria de óleo e gás, além de área para a instalação de unidades de empresas dos setores marítimo e industrial no Porto do Açu. A Prumo é controlada pelo grupo EIG Global Energy Partners desde 2013.
Localizado em São João da Barra (RJ), o Porto do Açu iniciou sua operação em 2014, e com excelência em segurança serve empresas líderes em seus setores. O Porto do Açu conta com 90 km² de área, divididas em dois terminais: o Terminal 1 (T1 – terminal offshore) e o Terminal 2 (T2 – terminal onshore).
O T1 é dedicado a movimentação de minério de ferro e petróleo, com berços construídos em 3 km de cais e profundidade de até 25 metros capaz de receber navios Suezmax e VLCCs. Em operação desde outubro de 2014, o terminal já recebeu mais de 50 navios de minério de ferro para a Anglo American. As empresas possuem uma joint venture (chamada de Ferroport), que é formada 50% por cada companhia.
O T2 é um terminal no entorno de um canal para navegação com 6,5 km de extensão, 300 metros de largura e até 14,5 metros de profundidade. A Technip, NOV, InterMoor e Wartsila já estão operando suas unidades no T2. O Terminal Multicargas (T-MULT) iniciou sua operação em julho com a movimentação de bauxita para a Votorantim e o 1º navio deixou o terminal no dia 22 de setembro. A Edison Chouest Offshore (ECO), que está construindo no Porto do Açu a maior base de apoio offshore do mundo, já assinou contrato com a Petrobras para a operação de 6 berços no seu terminal. Além disso, a BP e a Prumo criaram uma joint venture (formada 50% por cada empresa) para a comercialização e abastecimento de combustível marítimo.
O Porto do Açu emprega atualmente cerca de 10 mil pessoas, sendo 3,5 mil já na operação das unidades. Quando estiver em operação plena, a previsão é que o Porto do Açu gere cerca de 40 mil empregos.