Frequência Cardiaca e Exercícios
Marcos Almeida 08/10/2015 18:19

AVALIACAO-FISICA-1-modA frequência cardíaca é parte importante de diferentes variáveis fisiológicas. Por exemplo, junto ao volume sistólico forma o débito cardíaco. A frequência cardíaca é também parte do duplo produto.

Abaixo, algumas considerações que devemos lembrar sobre Frequência cardíaca durante o exercício:

-Quando se inicia um exercício, a FC aumenta proporcionalmente à sua intensidade (de acordo com a capacidade física atual).

-Existe uma correlação direta entre a intensidade da FCmáx e o VO2máx durante o exercício, embora próximo do VO2máx se perca a linearidade.

-A frequência cardíaca máxima é muito importante para o planejamento do treinamento e seu controle, assim como para determinados testes de laboratório e de campo, tanto para esportistas como para a população em geral.

-Segundo a fórmula da OMS-Karvonen, a FCmáx é 220 – idade (fórmula aplicada pela Organização Mundial de Saúde [OMS]). No entanto, isso é uma estimativa, e os valores individuais variam consideravelmente em relação a esses valores médios.

Por exemplo, em uma pessoa com 40 anos de idade, a FCmáx seria estimada em 180 bpm. No entanto, segundo estudos realizados, dentre pessoas de 40 anos, 68% apresentam uma FCmáx entre 168 e 192 bpm e 95% entre 156 e 204 bpm.

O próprio Karvonen possui outra fórmula para avaliar o VO2máx ou a FC de reserva: FCmáx – FCR. Ambas as fórmulas são importantes para conhecer o potencial cardiovascular, mas as duas possuem margem de erro. A partir desses resultados planeja-se o pulso de treinamento.

-A fórmula da OMS é a mais utilizada na população (FCmáx = 220 – idade).

-Perde-se 1 bpm por ano de vida.

-Quando o ritmo de esforço se mantém constante, em níveis submáximos de exercício, a FC aumenta muito rapidamente, até estabilizar-se. O ponto de estabilização é conhecido como estável da FC e é o ritmo ideal do coração para satisfazer as exigências circulatórias a esse ritmo específico de esforço. Para cada incremento posterior de intensidade, a FC alcançará um novo valor dentro de um ou dois minutos.

-Apesar disso, quanto mais intenso é o exercício, mais se demora para alcançar o estado estável.

-Nesse princípio de cargas crescentes, utiliza-se um teste de laboratório para o diagnóstico da capacidade funcional.

-Após seis meses de treinamento moderado a moderado/intenso, a FC durante o exercício submáximo costuma diminuir cerca de 20 a 40 bpm. A FC submáxima de uma pessoa reduz-se proporcionalmente à quantidade de treinamento realizado.

-O período de recuperação da FC diminui aumentando-se o treinamento de resistência; é uma variável considerada para avaliar o progresso do treinamento.

-Wilmore e Costill (2000) referem que quando se passa da posição de pé, em relativo repouso, a caminhar, a FC pode aumentar de 60 para 90 bpm aproximadamente.

-Fazendo jogging (trote) a um ritmo moderado de 140 bpm, pode-se chegar a 180 bpm ou mais se passamos a correr a uma grande velocidade. O débito cardíaco (DC) aumentará por duas causas: maior volume sistólico e maior FC durante o exercício, em virtude da demanda de fluxo sanguíneo e O2 dos músculos que estão trabalhando.

-Vários fatores afetam a FC durante o repouso e durante o exercício: temperatura, umidade, horário do exercício, modificação de posição, ingestão de alimentos, etc.

O uso de determinados medicamentos pode alterar a FC durante a prática de exercícios; por exemplo, os beta-bloqueadores (muito utilizados em remédios para hipertensos) diminuem a FC. Situações parecidas também ocorrem durante o repouso.

-Fatores como as modificações de posição durante o exercício (posição ortostática – como ocorre durante a corrida –, ou sentado – como ocorre no ciclismo e durante a natação) afetam a frequência cardíaca em uma intensidade similar de trabalho. A 1ª a FC é maior; na 2ª, pela posição do corpo, para uma mesma intensidade, a FC é menor.

Bons treinos!

Fonte: http://www.educacaofisicaa.com.br

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    Marcos Almeida

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    Marcos Almeida é assessor esportivo, especialista em Ciência da Musculação e mestre em Ciência da Motricidade Humana.

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