Juíza do caso Meninas de Guarus agredida no Batalhão Especial
Suzy 02/10/2015 01:14
[caption id="attachment_17258" align="aligncenter" width="300"]Reprodução O Globo - Roberto Moreyra Reprodução O Globo - Roberto Moreyra[/caption] A juíza agredida na tarde de ontem, durante fiscalização no Batalhão Especial Prisional (BEP), em Benfica, na Zona Norte do Rio, Daniela Assumpção, é a mesma que presidiu, em Campos, as duas audiências do caso Meninas de Guarus, em agosto último. Membro da Vara de Execuções Penais (VEP), Daniela Barbosa Assumpção de Souza chegou ao BEP para uma vistoria, foi agredida e teve a blusa rasgada, segundo informações, por policiais presos. Policiais militares que faziam sua  escolta também foram agredidos com paus. A juíza e a escolta foram socorridos por outros presos. Foi Daniela quem, em agosto, após constatar irregularidades no BEP, suspendeu temporariamente as visitas de familiares aos presos, até que sejam criadas condições para a visitação fora das celas. Também foram proibidas visitas íntimas.
Por causa da agressão de ontem, o juiz Eduardo Oberg, titular da VEP, determinou o fechamento imediato do Batalhão Prisional da PM. O magistrado determinou que todos os 221 policiais militares presos no BEP sejam transferidos para o Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, até o meio-dia de sábado. Os que já foram identificados como agressores irão para Bangu1. O TJ divulgou nota repudiando a agressão:
O Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ) repudia com total veemência as agressões físicas cometidas contra a juíza Daniela Barbosa Assumpção de Souza, da Vara de Execuções Penais (VEP), na tarde desta quinta-feira, dia 1º, no Batalhão Especial Prisional. O TJRJ classifica como inadmissível que o trabalho de uma juíza seja interrompido pela violência cometida por presos. É papel do Judiciário zelar pelos direitos fundamentais, assim como é prerrogativa do Estado garantir a segurança de quem atua pelo rigor da lei. A VEP tem realizado um trabalho exemplar na fiscalização de desvios cometidos por detentos do BEP, apurando supostas mordomias de alguns presos no local. Esta foi a segunda fiscalização feita pela magistrada. Em agosto deste ano, durante uma vistoria, foram encontrados geladeiras, televisões, micro-ondas, videogames, forno de pizza, celular, dinheiro, engradados de refrigerante, churrasqueira, e até uma bateria profissional na unidade. O TJRJ reforça que está tomando todas as providências cabíveis e reafirma sua preocupação para o que trabalho de magistrados e servidores seja feito com a máxima segurança.
 Saiba mais sobre Meninas de Guarus.
Saiba mais sobre a agressão em O Extra.

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    Suzy Monteiro

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