Pelas Ruas De Sampa Alguma Coisa Sempre Acontece
Nino Bellieny 04/10/2015 20:59
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ESTAÇÃO LUZ

Marcia Lailin Mesquita-Lai Aconteceu na quinta Estava passando apressada pelo local Estação Luz Olhava vagamente para as coisas funestas que esse sistema oferece Quando um olhar brilhante e fulminante pousou nos meus Raios o que é aquilo de tão maravilhoso - pensei Não era somente o brilho era algo que só se encontra entre dois amantes, mas não simplesmente dois amantes ou dois cinicos Era puro magnetismo, contagiante, constante, Eros, amor em sua essência Ao lado dele uma jovem que não devia ter mais de 20 anos tão linda, com o mesmo olhar contagiante... Um tanto atordoada dei uns quatro passos a frente somente para voltar quatro ficar parada de costas pensando e agora? Resolvi representar que estava olhando os carros que contornavam a esquina Foi quando ele perguntou: Por favor que horas são? Pronto! Era tudo o que eu queria Disse: São 8hs! Cheguei mais perto e perguntei: Posso tirar uma foto, achei tão lindo vocês ... Ele sorriu e ela também e concordaram Enquanto eu pegava a máquina ela começou a arrumar os cabelos Disse que não precisava Não precisava de nada para deixa-la mais bonita Como mulher é bicho burro não precisam de nada Precisam somente de serem amadas Cliquei várias vezes e depois pela primeira vez na minha vida abri a bolsa e peguei algumas moedinhas, era para o café Não eram esmolas O amor não recebe esmolas Tudo poderia ter terminado ali Eu não ia falar nada disso tirei fotos com o objetivo de guarda-las para mim, eram minhas Mas ai, no outro dia, descendo na mesma estação antes de virar a esquina disse a mim mesma: Cuida da sua vida! Foi quando lá no final, depois do local onde achei o casal vi aquele homem, o mesmo, bem ali, quase em meus pés, no chão dormindo. Levei um choque. Cadê a jovem? O que houve? O brilho anterior que tanto me enfeitiçou deu lugar a um abismo, como se eu estivesse vivendo um manual de instrução errado. Dessa vez não precisei de autorização Cliquei e fui embora
Não ia dizer nada disso, se andando pelas ruas e depois no sábado em casa e agora final de noite não tivesse o fato martelando em minha mente, somos uma raça muito injusta - repetia andando pela minha casa, desmontando meu guarda roupa uma desordem E aquela jovem sorrindo... não tem uma casa, um quarto assim como eu tenho um vestido pink, meias finas e um sapato azul escuro e não pode ir na manicure e não teve suas unhas pintadas de vermelho combinando com seu batom em seus lindos lábios que se abriram (abririam) em um sorriso de grande satisfação Texto & Fotos-Maria Lailín Mesquita-Lai rua1 Márcia LM, a autora, mora em São Paulo, é advogada e tem os coração na ponta dos olhos.

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