Uma sociedade carente de líderes
Novos líderes precisam acontecer. E estes novos líderes não deverão ser inventados ou fabricados para atender numa necessidade pontual, nem mesmo saciar um desejo midiático, e nunca para atender unicamente a interesses pessoais ou de pequenos grupos distintos. Líderes são como espadas; forjados à fogo, moldados pelas circunstancias, pelo ambiente e suas transformações, pelas necessidade de se atender as exigências, necessidades ou demandas por uma sociedade mais justa. Servirão ao crescimento e a evolução de seu grupo, servirão ao desenvolvimento e a evolução comunitária. Novos líderes precisam ser absolutamente plurais !
Os novos Líderes precisarão ser surdos aos sussurros dos fomentadores das vaidades e dos bajuladores de ocasião. Atentai; pois estes serão os primeiros que se acovardarão e se afastarão ao perceberem uma possibilidade de um tropeço, na eminência de uma dificuldade ou de uma eventual derrota. Líderes de verdade tem luz própria, irradiante e solidária, nunca serão de forma alguma 'sombra', submissa a uma orientação ou direcionamento de luz exterior. Não serão benevolentes às barganhas com as ferramentas institucionais públicas, sempre vistas como espólio a ser divididos entre os vencedores das contendas eleitorais. Líderes de verdade, sempre estão atentos aos que lhe somam nas lutas, apoiam nas dificuldades, dão bons conselhos nas dúvidas e, aqueles que também compartilham os festejos nas vitórias, porém estão sempre alertas e vigilantes, para que estes não se embriaguem num exacerbado orgulho ou em soberba. Líderes e lideranças precisam vir com alicerce, colunas e estrutura, construções edificadas para toda uma vida; líder é o que faz a diferença, estimula a proatividade e impõe se como vanguarda, pouco ou nada interessa se tem 15, 30, 50 ou 100 anos. Precisamos de líderes. Vivemos um momento absurdamente negativo, perto do caótico , em diversos seguimentos de nossa sociedade, vide a crise econômica, político e social de Campos dos Goytacazes e, por todo o País.
A solução exige diplomacia mas, praticada por um exército de líderes e lideranças; em que todos tenham o mesmo tom na voz e que pratiquem o diálogo. Mudanças são necessárias, até para que a população recupere a esperança em um futuro melhor e a crença em seus governantes. Quem sabe uma transição harmônica possa ser o caminho? Talvez; desde que aconteça com base em diálogo, construído por todos os seguimentos da sociedade campista, e onde já estejam os novos comandantes do destino desta cidade, e de nossa gente.
Entendemos que estes novos líderes não serão inventados, nem ordenados por faixas de idade, sexo, cor ou doutrina religiosa, muito menos serão fabricados em série e lançados nas correntes formadoras de opinião, como fazem com produtos de ocasião. Longe disto. Os novos líderes estão sendo construídos aos poucos, minuciosa e artesanalmente esculpidos pela obrigação de se fazer diferente do que se vê à volta e, muito melhor do que nos tem sido oferecido por esta gente pequena, venal e mal intencionada que habita o nosso universo político.
Zé Armando Barreto