ESTRELAS NUNCA PARAM DE BRILHAR
Nino Bellieny 27/09/2015 05:37

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No final de Setembro do ano passado, Itaperuna deixava de conviver com um dos seus mais inteligentes professores. O BNB repete crônica publicada no último dia daquele mês triste e portanto, inesquecível para todos que conheceram um moço família, amigo, professor, genial.

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NO RUMO DAS ESTRELAS
NinoBellieny
Imagine um cara competente. Muito competente. Com doutorado concluído em 2010 e mestrado em 2006, em Engenharia de Produção pela Universidade Federal Fluminense, pós-graduação em Engenharia de Segurança do Trabalho pela Faculdade Redentor-2009, graduação em Engenharia Civil pela UFF-1995 e graduação de Licenciatura em Matemática pelo Centro de Educação a Distância do Estado de Rio de Janeiro -2005. Nos dias mais recentes, professor adjunto do Centro Universitário Estadual da Zona Oeste-UEZO, professor e coordenador do curso de Engenharia Civil da Faculdade Redentor. Com vasta experiência na área de Engenharia de Produção, com ênfase em Pesquisa Operacional, principalmente nos seguintes temas: Matemática, Multicritério, Análise Envoltória de Dados e Educação.
Imagine um cara simpático. Com amigos em várias partes do mundo, ótimo chefe de família, filho e irmão. Tio amado, colega divertido, inteligente para caramba. Um homem feliz. Imaginou? Não precisa mais imaginar. Ele existe. Não está mais fisicamente entre nós, mas, existe. Em cada coração que o conheceu, montou residência, onde passeia de chinelos pelos jardins, batendo papo, estudando, vivendo uma outra vida. Enquanto esteve aqui nesse mundo limitado, em passagem rápida, cumpriu os compromissos, honrou a palavra,  subiu degraus e conquistou patamares. Tudo nele era  tão intensamente vibrante e veloz, (embora transmitisse calma e segurança), que até a doença que o vitimou, foi breve. Disciplina pessoal,  simplicidade  com sofisticação, inteligência sem superioridade, amizade com lealdade. O aluno Nota 10  do Colégio 10 de Maio, da infância vivida no Centro da cidade. O moço dos cerimoniais, casamentos, colações de grau e grandes eventos, ao lado do irmão André Raeli, por quem nutria uma admiração nunca escondida e crescente. O Professor, Mestre e Doutor, sem nunca fazer questão de tais tratamentos. Brilhando sem fazer força, voando pela vida sem que ninguém sequer de longe desconfiasse de que iria partir  tão cedo, cedo demais. Discreto, elegante, incisivo, honesto, tranquilo, observador, irônico quando necessário, dono de comentários cirúrgicos.
Tinha luz. Noção de tempo e espaço, matemático dos bons. Tinha certezas e projetos, sonhos, destinos. Nenhum deles desperdiçado... nenhum deles inconcluído. O tempo foi exato para ele em sua grandeza sem medidas. Todos desejariam que ele ainda continuasse por aqui, é difícil aceitar uma partida aparentemente precipitada, mas, os planos e sonhos, projetos e certezas, apenas mudaram de rumo. Agora, uma academia especial começou a ser frequentada pelo eterno aluno Nota 10. Outras grandezas além da nossa humana imaginação. Galáxias infinitas, vidas paralelas, universos tão distantes e tão próximos. Não está aqui e está. Foi, mas, permanece. Saiu, mas, continua. O que é agora dor, depois saudade, finalmente, será reencontro. Tudo infinitamente resumido em 27 letras: Silvio Figueiredo Gomes Junior 12043035_10206243696746326_6473101996309518383_n
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Publicado no antigo endereço deste blog. Umas mais acessadas crônicas, ultrapassando a casa das milhares, originadas de várias cidades, estados e países. (Um trecho deste texto foi lido na missa de 7º Dia)

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