PF pede arquivamento de inquérito contra Pezão e Cabral
Alexandre Bastos 11/09/2015 00:43
[caption id="attachment_35925" align="aligncenter" width="434"]pezao e cabral Carlos Magno/Divulgação[/caption]

A Polícia Federal concluiu relatório em que pede o arquivamento do inquérito aberto no Superior Tribunal de Justiça (STJ) sobre o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), o ex-governador Sérgio Cabral (PMDB) e o ex-chefe da Casa Civil do estado, Regis Fichtner. A PF não conseguiu confirmar as suspeitas levantadas na Operação Lava-Jato de que os três teriam recebido dinheiro do esquema de corrupção na Petrobras.

Agora, o relator do caso no STJ, ministro Luis Felipe Salomão, deverá pedir um parecer do Ministério Público Federal (MPF), que pode concordar com o pedido de arquivamento da PF ou ter entendimento diferente e pedir a continuidade da investigação. Depois disso, caberá a Salomão tomar a decisão.

O inquérito foi aberto em 12 de março deste ano, após pedido do Ministério Público Federal (MPF). Um dos delatores da Lava-Jato, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, afirmou em depoimento que arrecadou R$ 30 milhões em recursos desviados da estatal para caixa dois da campanha de Cabral para governador e de Pezão para vice em 2010.

Segundo o delator, os recursos vieram de empresas que atuavam na obra do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). Ainda em depoimento, Costa disse que Fichtner teria viabilizado os repasses. Para tentar confirmar as suspeitas, o STJ chegou a determinar, em 3 de junho, a quebra do sigilo telefônico dos três.

Informado na quarta-feira por seu advogado da decisão da PF, Pezão disse ter ficado aliviado com a notícia, mas lembrou que passou por “constrangimentos e muito sofrimento” durante o período em que foi investigado. "É uma alegria por dentro e uma tristeza muito grande por ter passado por isso tudo, minha família, amigos... É muito sofrimento para quem passa, dói muito", disse o governador.

Em nota, Cabral também comentou: “O resultado das investigações comprovou o que declarei desde o início _ que eu, como Governador do Estado, mantive relação exclusivamente institucional com a Petrobras _, não tendo jamais feito qualquer solicitação de recursos de campanha a qualquer diretor dessa empresa”.

Fonte: O Globo: aqui 

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