Governador Pezão: a crise é por falta de diálogo
Murilo Dieguez 29/09/2015 18:23

Crise foi causada por falta de diálogo, diz governador do Rio

O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB-RJ), afirmou nesta terça-feira (29) que uma das causas da crise por que passa o país é a falta de diálogo que, segundo ele, caracterizou o começo do segundo mandato de Dilma Rousseff. LFPz 1 "As pessoas tentaram negar que o país saiu dividido das eleições, mas saiu sim. E, após as eleições, a presidente teve dificuldade de sentar e conversar com os partidos. A crise é de conversa", afirmou durante palestra em São Paulo promovida pela associação de empresários Lide, do tucano João Doria Jr. "Mas ela [Dilma] começou a melhorar isso e conversar [com as lideranças políticas]. Eu acho que a presidente tem que chamar as pessoas responsáveis da oposição e fazer um grande pacto. O país precisa disso", disse. Um dos aliados mais próximos de Dilma no PMDB, Pezão também defendeu que o governo federal acabe com ao menos 15 ministérios, mais do que os dez que a presidente vem defendendo para sua reforma ministerial. "Não representaria um corte significativo de despesas, mas seria uma sinalização importante", disse Pezão. Ele ainda afirmou que seu partido deveria abrir mão de reivindicar cargos no governo. Nas últimas semanas, Dilma tem negociado indicações de ministérios com líderes do PMDB em uma tentativa de conseguir apoio para aprovar o pacote de ajuste fiscal. "A grande contribuição que o PMDB poderia dar é não pedir ministério nenhum. Todos os partidos deveriam fazer isso. Precisamos dar autonomia para que Dilma escolha sua equipe, escolha os melhores para fazer essa travessia [da crise]", defendeu o governador. CPMF No encontro desta manhã, Pezão voltou a se mostrar favorável a volta da CPMF, mas, falando a empresários, disse que outros tributos poderiam ser extintos se o "imposto do cheque" fosse recriado. "Desde lá atrás defendi a CPMF, desde que a arrecadação seja compartilhada com Estados e municípios. É um imposto muito bom porque dificulta a sonegação. Daria para tirar uns outros oito impostos", afirmou sem especificar quais taxas poderiam deixar de ser cobradas. O peemedebista ressaltou, porém, que, antes de aumentar ou criar impostos, os governos deveriam cobrar cidadãos e empresas em dívida com a Receita. Segundo ele, só o Rio de Janeiro tem R$ 112 bilhões para receber de devedores. O governo federal estima que a eventual volta da CPMF geraria R$ 32 bilhões em receitas. (Folhapress) Fonte:Jornal Cruzeiro do Sul - Sorocaba- SP  

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